TV Pública do Paraguai resiste pela democracia, afirma ex-diretor

"A televisão pública do Paraguai, junto a outros meios de comunicação comunitários, mantém resistência pacífica e de denúncia contra o golpe de Estado parlamentário que destituiu o presidente Fernando Lugo", afirmou o comunicador Marcelo Martinessi, no 18º Fórum de São Paulo, que termina nesta sexta-feira (6), em Caracas.

Contra este golpe na democracia, a televisão manteve no ar o programa Microfone Aberto, de ampla participação popular, que se converteu em instrumento para romper com o cerco midiático, assegurou o ex-diretor, ao programa da rede venezuelana de televisão.

Acrescentou que gestores e trabalhadores continuam a resistência pacífica e reportam as arbitrariedades do governo de Federico Franco, em contraposição à articulação dos meios privados, que nos momentos do golpe transmitiram programas com temas sensacionalistas. 

A respeito das ações cometidas pelo governo golpista, que trataram de silenciar a TV Pública, Martinessi  afirmou que "Franco é um fantoche das forças que estão muito incomodados com os programas sociais que Lugo estava fazendo, inéditos para o Paraguai”. 

O jornalista paraguaio Guillermo Verón, destacou que um exemplo deste ataque constitui a declaração de “persona non grata”, formulada contra o chanceler Nicolás Maduro.

Lembrou que isso ocorreu após a transmissão de um vídeo manipulado, onde Maduro aparece entrando em uma reunião com a cúpula militar paraguaia horas antes da destituição do presidente Fernando Lugo.

"Na verdade, os chanceleres da União das Nações Sulamericanas se reuniram com diferentes setores, deputados, senadores, membros do Partido Colorado e da Corte Suprema de Justiça e também militares, em busca de uma solução para a crise política, em benefício do povo paraguaio", explicou.

Fonte: Prensa Latina