BA: Professores em greve rejeitam proposta do MP
Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (13/7), os professores estaduais, em greve há 94 dias, rejeitaram a proposta elaborada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Havia uma expectativa para o fim da paralisação, mas a categoria decidiu manter o movimento.
Publicado 13/07/2012 14:46 | Editado 04/03/2020 16:18
Uma reunião entre professores, MP e o secretário de educação Osvaldo Barreto aconteceu na tarde dessa quinta-feira (12), quando os representantes dos docentes conheceram a proposta levada para o encontro dessa sexta. O governo prometeu a antecipação para março de 2013 da segunda parcela do reajuste de 22%, que seria paga em abril do próximo ano, mediante realização de curso de atualização pedagógica.
Além disso, o texto elaborado define a possibilidade de que professores em estágio probatório participem dos cursos e tenham direito ao reajuste quando concluírem o estágio; determina o pagamento dos vencimentos, suspensos pela Justiça, a partir da normalização das atividades e reposição das aulas; e garante que os professores receberão aumentos lineares concedidos ao funcionalismo público e a readmissão dos professores demitidos durante o movimento.
“Essa proposta que o MP apresentou não atende a categoria. A greve está mantida e nós continuaremos perseguindo uma nova negociação”, declarou Marilene Betros, vice-coordenadora da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estdo). Marilene informou, ainda, que uma nova assembleia deve acontecer na próxima quarta-feira (18) para discutir os rumos da paralisação.
A rede estadual de ensino é composta por 1.422 escolas, que abrigam mais de 1 milhão de alunos. A greve teve início em abril e já se tornou a maior da história na Bahia.
De Salvador,
Erikson Walla