SSA: Prefeitura pressiona a Câmara para acabar com a Fundetrans
A prefeitura encaminhou à Câmara Municipal, nesta quarta-feira (25/07), projeto de lei que prevê a extinção da Fundetrans e exigiu que a matéria fosse a provada em regime de urgência, sem discussão. Mas, por considerar que o tema, de extrema importância para a população, já que é um serviço fundamental para a mobilidade urbana, os vereadores empurraram a votação para a próxima quarta (01/08) e exigiram que haja uma ampla discussão com a sociedade e técnicos da área.
Publicado 26/07/2012 20:06 | Editado 04/03/2020 16:18
“O transporte coletivo é um velho problema de Salvador. Portanto, o processo tem de ser feito com transparência. É preciso atender ao interesse público, não só dos empresários, como ocorre sempre”, dispara a vereadora Aladilce Souza (PCdoB). De acordo com a comunista, nesses quase oito anos de gestão, o prefeito João Henrique Carneiro não se preocupou em fazer a licitação, deixando a frota atual circular ilegalmente. Somente agora, há cinco meses do final do mandato, resolveu abrir o processo seletivo e quer fazer tudo rapidamente, sem reflexão.
Por conta disso, a oposição tem cobrado mais atenção para o tema e marcou reunião com o secretário Municipal dos Transportes Urbanos e Infraestrutura, José Mattos Neto, para terça-feira (31/07), às 13h. Até o momento, só foi realizada uma audiência pública para discutir o tema, no começo deste mês, após muita pressão.
De acordo com a vereadora, o Executivo quer que o contrato com a empresa que ganhar o processo de licitação seja de 25 anos, renovável por mais 25. “Isso é absurdo. Cinquenta anos é muito tempo na mão da mesma pessoa e isso prejudica o sistema. A tarifa não pode ser tão cara. O transporte coletivo precisa ser de qualidade e com acessibilidade, que chegue a todos os lugares da cidade”, completa Aladilce Souza.
De Salvador,
Maiana Brito