Jornalistas: Sindicato patronal desmarca 2a rodada de negociação
Ainda está sem nova data para acontecer a segunda rodada de negociação da Campanha Salarial 2012/2013 dos jornalistas empregados em jornais e revistas. O encontro, que seria na última sexta-feira, dia 24, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE), foi desmarcado pelos patrões na véspera, por meio de ofício assinado pelo presidente do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Ceará (Sindjornais), Mauro Sales, alegando compromisso na cidade de Quixadá.
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Publicado 27/08/2012 22:23 | Editado 04/03/2020 16:29
"Pelo visto, começou o jogo de empurrar com a barriga para arrastar a negociação", avalia o diretor executivo do Sindjorce, Evilázio Bezerra. A comissão de negociação do sindicato já solicitou à SRTE uma nova data para a retomada das discussões, preferencialmente que não seja às sextas-feiras, para que o presidente da entidade patronal não alegue impossibilidade de comparecimento por questões pessoais ou profissionais.
As reivindicações da categoria são conhecidas pela entidade patronal desde o dia 20 de julho, quando o Sindjorce enviou a pauta ao presidente do Sindjornais. "No entanto, a comissão de negociação patronal chegou à primeira rodada sem uma contraproposta para apresentar aos trabalhadores, com discurso falacioso de crise financeira", comenta Rafael Mesquita, diretor de Juventude do Sindjorce.
Na primeira rodada de negociação, realizada no dia 17 de agosto, o jornal O Povo anunciou a demissão de trabalhadores em todos os setores, sendo seis deles da redação. A diretoria do Sindjorce foi impedida de entrar no jornal até o dia 23. Além de repórteres, colunistas, diagramadores e repórteres-fotográficos, também perderam seus empregos funcionários do Financeiro, Recursos Humanos, Publicidade, Banco de Dados, Expedição e Manutenção, chegando a 36 o número de pais e mães de família desligados até o momento.
Dados oficiais da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ibope Monitor e Projeto Inter-Meios dão conta do crescimento da circulação paga de jornais, no primeiro semestre deste ano e, mais do que isto, do investimento publicitário no mercado de Fortaleza. "São informações públicas, utilizadas inclusive em anúncios dos próprios veículos impressos do Estado. Desta forma, esperamos que as empresas avaliem melhor suas negativas e façam propostas que valorizem seus profissionais", avalia a presidente em exercício do Sindjorce, Samira de Castro.
Fonte: Sindjorce