Justiça condena ex-deputado Vigão a devolver dinheiro

A 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios confirmou a condenação do ex-secretário de Trabalho, no governo Joaquim Roriz em 1999, Wigberto Tartuce, o Vigão, e a Cooperativa de Educadores (Copede) a devolverem aos cofres públicos o valor de R$ 648.960,00.

O valor vai ser atualizado e acrescidos de juros de mora, referentes a parcela do Fundo de Amparo ao Trabalhador. A verba deveria ter sido utilizado para a realização de cursos de qualificação a trabalhadores subempregados ou desempregados. A denúncia era de que os trabalhadores não haviam sido treinados pela Copede.

Tanto Vigão quanto a empresa afirmaram que o treinamento foi realizado, mas de acordo com o processo não houve a comprovação do treinamento. O desembargador relator afirma, em sua decisão, que "a contratação encontra-se eivada de ilegalidades e irregularidades, porquanto não precedida da devida comprovação de que a contratada preencheria os requisitos legais da dispensa de licitação, bem como aqueles previstos no Edital de inscrição de instituições, objetivando fornecer serviços de qualificação, requalificação e aperfeiçoamento de profissionais".

Mais adiante, o desembargador ainda afirma que "embora não houvesse indícios de dolo ou de locupletamento do apelante, a sua responsabilidade pela reparação dos danos advém da culpa, consubstanciada na negligência na condução do Plano Estadual de Qualificação Profissional do Distrito Federal".

A decisão de manter a condenação foi unânime, não cabe mais recurso de mérito no TJDFT.