EUA insistem em apoiar grupos armados na Síria

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, insistiu neste domingo (9) em Vladivostok em continuar apoiando a violência dos grupos armados na Síria até conseguir a derrubada do governo do presidente Bashar Al Assad.

Ao reconhecer a permanência das diferenças com a Rússia nos caminhos para solucionar a crise síria, a chefe da diplomacia estadunidense considerou que é necessário ser realista, pois "nós não chegamos a nenhum acordo sobre a Síria", apontou.

Em alusão a seus diálogos no marco da cúpula do Foro Econômico Ásia-Pacífico (Apec), com o presidente Vladimir Putin e seu homólogo russo, Serguei Lavrov, Clinton opinou que eram desnecessárias resoluções "desdentadas" no Conselho de Segurança da ONU.

A chefe do Departamento de Estado, que assistiu à cúpula da Apec como representante do presidente Barack Obama, repetiu o argumento de que tais resoluções serão ignoradas por Assad.

Por outro lado, em franca contradição com o belicismo estadunidense, o chanceler russo Serguei Lavrov disse que na Síria é necessário que todos os fatores externos com influência em uma e outra parte do conflito, a empreguem com boas intenções e para levar as partes em confronto à mesa de diálogo.

As sanções unilaterais da União Europeia contra a Síria, que recrudesceram em 18 ocasiões, e as limitações impostas pelos Estados Unidos foram aplicadas sem consultar a Rússia nem levar em conta mecanismos de decisões coletivas como o Conselho de Segurança da ONU, destacou o diplomata russo.

Mas, depois que as sanções não funcionam, o Ocidente acusa a Rússia, a China e outros Estados de impedir que seus objetivos a respeito da crise síria sejam atingidos, denunciou.

Moscou lamentou a decisão, impulsionada pela Liga Árabe, das companhias de satélites Nilesat e Arabsat de suspender a transmissão de canais estatais sírios que recentemente exibiram imagens de um dos massacres perpetrados por grupos armados fora de Damasco.

Como parte da guerra de informação desencadeada contra a Síria, em várias ocasiões a imprensa ocidental tentou apresentar tais assassinatos massivos como ações do exército sírio.

Prensa Latina