Em clima de virada, sindicalistas festejam Haddad e Lula
O ato político realizado no final da tarde desta terça-feira (11), na quadra do Sindicato dos Bancários, com mais de 3 mil presentes, inaugurou a participação do presidente Lula na campanha de rua do candidato Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.
Publicado 11/09/2012 21:03 | Editado 04/03/2020 17:17

Lula foi o penúltimo a discursar e aproveitou o tempo de fala para enumerar as razões por que se empenhou pelo nome de Fernando Haddad para a disputa em São Paulo. “Queria que ele trouxesse para São Paulo a criatividade que teve no Ministério da Educação quando trouxe para a universidade o filho do pobre”, disse Lula.
O ex-presidente fez um balanço da gestão Haddad no ministério enumerando as 52 leis e 2 emendas constitucionais aprovadas no Congresso Nacional para melhorar a educação. “Triplicamos o orçamento da educação, criamos Fundeb, Ideb, Enem, Prouni, iniciativas feitas em 8 anos que superam de longe o que foi feito em cem anos no Brasil”, comparou Lula.
Haddad disse que “o operário devolveu o que o catedrático tirou da educação” referindo-se à herança maldita recebida do tucano Fernando Henrique Cardoso quando tirou, através da DRU (Desvinculação das Receitas da União), cerca de 20% do orçamento da educação.
“Nós devolvemos centavo por centavo o que o Fernando Henrique tirou da educação brasileira”, lembrou Haddad. Com recursos a mais, foi possível ir além das metas do ministério. “Em vez de 82 universidades federais para o interior, levamos 126; criamos 214 escolas técnicas em lugar das 150 planejadas e em vez de 400 mil bolsas foram criadas mais de um milhão de bolsas”, destacou Haddad.
O candidato disse que foi nesse espírito que aceitou o desafio de participar do projeto de reinserir São Paulo no caminho do desenvolvimento. “Queremos ganhar o coração da cidade, um lugar tolerante, generoso. A cidade está aguardando de nós o melhor governo que ela vai conhecer”, disse.
Quanto às críticas ao bilhete único mensal, Haddad respondeu: “Quando eles vão pra Paris eles acham chic comprar o bilhete mensal, mas aqui não. É porque eles não têm que colocar a mão no bolso quando chega o dia 20 e o vale-transporte acabou. Tem que pensar o cidadão usufruindo da cidade e não apenas indo e voltando para o trabalho”, completou.
Militância entusiasmada
A candidata a vice-prefeita Nádia Campeão destacou o número expressivo de trabalhadores no ato e apontou para o crescimento da campanha na rua e a força da militância. “Nunca duvidamos da vitória. São Paulo merece um prefeito como Haddad, realizador e comprometido com a luta social e a democracia”, afirmou.
Nádia pediu que a militância combata nas ruas as críticas mentirosas ao bilhete único mensal. “Tudo o que é bom para o trabalhador eles são contra. Agora é hora da batalha nas ruas, da praça pública. Não vamos perder a eleição pra quem a gente não sabe o que fez nos últimos trinta anos enquanto a gente combatia a ditadura.”
Wander Geraldo, presidente do PCdoB de São Paulo, lembrou que São Paulo andou pra trás nos últimos dez anos dirigida pelos mesmos que quase acabaram com o Brasil. “Nas décadas passadas a luta era contra o desemprego, contra o apagão, as privatizações que levaram o nosso patrimônio”, completou.
Segundo ele, as forças progressistas de São Paulo precisam contribuir para que a cidade avance e se desenvolva como aconteceu com o Brasil. “É hora dos movimentos sociais, do povo de São Paulo, dos trabalhadores estarem juntos para a cidade retomar um novo caminho. A opção política é uma só: Haddad”, reforçou Wander.
“Foi um ato muito vibrante, representativo e que impulsiona a campanha de Fernando Haddad para o segundo turno”, contou ao Vermelho Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB Nacional e secretário nacional Sindical do PCdoB, também presente.
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De São Paulo, Railídia Carvalho