Banco Central: atividade econômica cresce 0,42% em julho

De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, nesta sexta-feira (14), o nível de atividade econômica do país iniciou o segundo semestre deste ano em alta.

O BC também apontou que em julho, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que busca antecipar o resultado do PIB, somou 142,25 pontos, com crescimento de 0,42% contra junho deste ano (141,66 pontos), segundo informou a autoridade monetária.

Apesar do crescimento, houve desaceleração, visto que, de maio para junho, a expansão registrada foi de 0,61%. Segundo o Banco Central, o aumento do IBC-Br, em julho, foi o quarto consecutivo. A última vez que o indicador havia registrado queda foi de fevereiro para março deste ano.

Previsões

O IBC-Br foi divulgado um dia após o Ministério da Fazenda confirmar a redução da sua estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano de 3% para 2%.  

O corte na previsão de crescimento do PIB deste ano acontece em meio aos efeitos da crise financeira internacional, que tem impactado todas as economias do planeta.

O BC, até o momento, prevê uma taxa de expansão de 2,5% para o PIB neste ano, mas pode rever este número no fim deste mês, quando será divulgado o relatório de inflação do terceiro trimestre. 

Medidas de estímulo

Para tentar reverter às influências da crise na economia e fazer o PIB avançar to governo tem adotado diversas medidas como a redução do IPI para a linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e para os automóveis.

Além disso, também reduziu o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento às desonerações da folha de pagamentos, liberou mais de R$ 60 bilhões em depósitos compulsórios para os bancos e vem reduzindo a taxa básica de juros desde agosto do ano passado. Atualmente, os juros estão em 7,5% ao ano – os menores da história.

O governo também anunciou em 2012 a liberação de R$ 20 bilhões em crédito para os estados e um programa governamental de compras de R$ 8,4 bilhões. Ao contrário do ocorrido na primeira etapa da crise financeira, em 2008 e 2009, entretanto, desta vez o governo não reduziu a meta de superávit primário (recursos destinados ao pagamento dos juros da dívida pública).

A isenção para móveis, painéis e laminados, que iria até setembro, também foi prolongada até 31 de dezembro.

Queda do juros

O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Com crescimento menor, por exemplo, teoricamente há menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 7,5% ao ano (a menor taxa da história).

Os juros estão caindo desde agosto do ano passado para estimular o nível de atividade econômica, em meio aos efeitos da crise financeira internacional. A previsão do mercado financeiro é de que a taxa básica recue para 7,25% ao ano em outubro – patamar no qual terminaria 2012.

Com agências