Cúpula rejeita aumento de militares britânicos nas Malvinas

Os líderes ibero-americanos expressaram neste sábado (17), rejeição ao reforço de presença militar britânica nas Ilhas Malvinas e às ações "unilaterais" de prospecção e exploração de recursos energéticos que o Reino Unido realiza na área em disputa com a Argentina.

Os chefes de Estado e de Governo reunidos em Cádiz na Cúpula Ibero-Americana aprovaram um comunicado especial sobre as Ilhas Malvinas, assunto habitual neste tipo de encontros, e insistiram na necessidade de que Buenos Aires e Londres retomem, sem demora, as negociações para buscar uma solução à disputa sobre a soberania.

Após lembrar as resoluções da ONU e da Organização dos Estados Americanos e o princípio de integridade territorial recolhido na Carta das Nações Unidas, os chefes sublinharam "a permanente vocação ao diálogo demonstrada" pela Argentina.

Na opinião dos líderes ibero-americanos, as atividades de busca de recursos renováveis e não renováveis que o Reino Unido liderou na área em disputa "não contribuem em nada para alcançar uma solução definitiva" à disputa.

Além disso, denunciam que o reforço da presença militar na área não segue as resoluções da ONU e é "incompatível com a política de de uma solução, por via pacífica, da controvérsia territorial".
Em outro comunicado, os líderes ibero-americanos pedem o fim do embargo econômico dos Estados Unidos sobre Cuba.

Os chefes de Estado e de Governo reiteram no texto a "mais enérgica rejeição à aplicação de leis e medidas contrárias aos princípios da Carta das Nações Unidas e ao direito internacional, como a Lei Helms-Burton", e pedem que Washington a não as aplique.

Após defender a liberdade e a transparência no comércio internacional, os chefes consideram "inaceitável a aplicação de medidas unilaterais que afetam o bem-estar dos povos" e reivindicam aos Estados Unidos que acabe com o bloqueio sobre Cuba.

Fonte: Portal Terra