Haroldo Lima lamenta a morte de Niemeyer e lembra histórias

O ex-deputado federal do PCdoB e ex-diretor-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Haroldo Lima, lamentou a morte do arquiteto e também comunista Oscar Niemeyer, ocorrida na última quarta-feira (5/11), no Rio de Janeiro. Haroldo ainda lembrou a participação de Niemeyer no Comunismo e destacou as obras dele presentes na Bahia.

O ex-deputado federal do PCdoB e ex-diretor-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Haroldo Lima, lamentou a morte do arquiteto e também comunista Oscar Niemeyer, ocorrida na última quarta-feira (5/11), no Rio de Janeiro. Haroldo ainda lembrou a participação de Niemeyer no Comunismo e destacou as obras dele presentes na Bahia.

“É uma perda lastimável. Niemeyer é um ícone do povo brasileiro, da arquitetura mundial e do comunismo do Brasil. Ele não abriu mão de ser um marxista, de ter uma formação marxista. Até o último momento, ele mostrou convicção das suas posições”, afirmou o ex-parlamentar.

Segundo Haroldo, Niemeyer sempre mostrou simpatia pelo PCdoB, considerado por ele o melhor partido de esquerda do país. “Mesmo com os seus mais de 100 anos, ele sempre nos recebia, do PCdoB, muito bem, lá no Rio de Janeiro, e também nos apoiava”, acrescenta.

O ex-diretor-geral da ANP ainda lembrou um episódio da década de 1970, em que Niemeyer atendeu a um pedido dele e de outros baianos que encabeçaram uma luta pela reintegração de posse de um terreiro do Candomblé, expulso do local onde estava instalado para dar lugar a um posto de gasolina. A Casa Branca (Ilê Axé Iyá Nassô Oká), localizada na Avenida Vasco da Gama, é o terreiro mais antigo do Brasil e sofria perseguições nesse período.

O arquiteto, que já tinha um nome de peso por ter desenhado Brasília, se engajou no movimento e projetou as novas instalações da Casa Branca. Ter um projeto de reestruturação assinado por Niemeyer foi fundamental para pressionar a saída do posto de gasolina do local e a devolução do espaço ao povo de santo da Bahia.

Além disso, Haroldo ainda destaca o presente que Niemeyer deu à família e aos camaradas do guerrilheiro baiano Carlos Marighella, morto pela luta contra a Ditadura Militar (1964-1985). A lápide do comunista foi desenhada pelo arquiteto, após a chegada dos restos mortais de Marighella a Salvador. O trabalho está no cemitério Quinta dos Lázaros, onde foram enterrados os ossos do guerrilheiro.

De Salvador,
Erikson Walla