Presidente da Habitafor confirma que obras serão retomadas

Após tomar posse como presidente da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), Eliana Gomes (PCdoB) iniciou uma série de visitas aos projetos do órgão. Na última sexta-feira (04/01), a equipe visitou obras no Conjunto Casa e Renda, no Pici, e o Complexo Integrado Maravilha, no bairro São João do Tauape.

Durante as visitas, a comitiva da Habitafor foi recepcionada por membros das comunidades, na qual foram relatadas as realidades de cada local, onde os projetos infraestruturais e sociais ainda se encontram em fase de conclusão.

Conjunto Casa e Renda

O projeto foi iniciado no ano 2008 e une o benefício da residência à possibilidade da geração de emprego e renda, através da construção de um centro comercial. O empreendimento popular conta com 20 apartamentos, entregues em 2010 e destinados, exclusivamente, a mulheres chefes de família. Os investimentos da obra foram em torno de R$ 824.861,86 do Orçamento Geral da União. Durante a reunião, as moradoras reclamaram das pendências existentes com relação a consolidação do centro comercial, incluindo a divergência na escolha da opção comercial, ou seja, pessoas que tinham a possibilidade de montar um mercantil de pequeno porte, receberam um espaço bem menor.

Eliana Gomes sugeriu que o Conselho Gestor discutisse a questão da alocação das empreendedoras no local em conjunto com os técnicos do serviço social e da assessoria comunitária e que dialogassem para colocar em funcionamento o projeto. A presidente também propôs a parceria com outras instituições, como o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Sebrae, para realizar capacitações e auxiliar as mulheres no planejamento das ações. "Essa área da cidade é privilegiada e é fundamental o auxílio de outros órgãos para que contribuam com o desenvolvimento econômico para melhorar a vida dessas mulheres", afirmou.

Conjunto Maravilha

Já no Complexo Integrado Maravilha, que também compreende a comunidade Nossa Senhora de Fátima e o Planalto Universo, divididas entre os territórios das regionais II e IV, desde 2008, são 606 unidades habitacionais. O empreendimento também conta com um complexo esportivo concluído, uma creche em processo de finalização e a urbanização do canal também ainda em andamento. O projeto foi desenvolvido com 19,9 milhões do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e 6 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

Além de denúncias sobre a comercialização de unidades habitacionais, foram identificados problemas como tráfico de drogas e exploração sexual no local; e também a ausência de um Conselho Gestor para acompanhar e fiscalizar as obras do empreendimento. De acordo com a presidente da Habitafor, "as obras serão retomadas para que sejam concluídos os três pontos de economia solidária, o centro social, a creche e as ações em melhorias habitacionais", garantiu.

Fonte: Habitafor