Empresa serve comida estragada para operários em Salvador
Cerca de 250 trabalhadores do canteiro de obras da Mansão Jaime Fingergut, localizada no bairro Horto Florestal, em Salvador, ficaram sem almoçar na terça-feira (08/01), porque a comida servida estava estragada. Em protesto, os operários paralisaram as atividades. De acordo com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Sintracom-BA), o engenheiro da obra não gostou e disse que eram “vagabundos”.
Publicado 09/01/2013 20:30 | Editado 04/03/2020 16:17
A situação aconteceu durante uma reunião, na presença de diretores do Sintracom-BA, que buscavam uma solução para o problema da alimentação dos operários. Os sindicalistas pediram que o engenheiro Marcio respeitasse a categoria, que trabalha muito.
Desde novembro do ano passado, os operários pediram mudança do fornecedor de alimentação no canteiro. A empresa dizia que iria mudar, mas a questão não foi solucionada. A comida servida na terça-feira estava crua e com cheiro ruim, o que motivou a revolta dos operários.
Além da reunião com a direção do sindicato, foi realizada outra, no refeitório, com a presença também dos trabalhadores. Estes disseram que estavam sendo pressionados a trabalhar, mesmo sem almoço, com ameaça de ter o dia cortado. A empresa se comprometeu em melhorar a comida e até a próxima sexta-feira (11/01) mudar definitivamente o fornecedor.
A situação mostra como, em algumas situações, a mão-de-obra é tratada pelos empresários. A falta de cuidado com os operários e o tratamento dispensado aos mesmos ferem a dignidade humana e os colocam em uma posição de precariedade. É preciso lutar contra esse tipo de comportamento. A questão não é somente a inserção no trabalho. Os trabalhadores querem emprego e respeito a sua dignidade também.
De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações Sintracom-BA