Argentina e Reino Unido em impasse sobre Ilhas Malvinas

 O ministro das Relações Exteriores da Argentina desistiu nesta semana das conversações com o britânico William Hague sobre o futuro das Ilhas Malvinas, depois de descobrir que os representantes do governo das ilhas também compareceriam. A Argentina não reconhece como legítimo este governo.

O ministro das Relações Exteriores argentino, Hector Timerman, descreveu os representantes do governo como “colonialistas das Malvinas”. O jornal britânico The Independent afirma que a maioria dos 3.000 residentes das Malvinas prefere continuar sob governo britânico. O jornal disse ainda que este desvio diplomático provavelmente “aumentará as tensões entre o Reino Unido e a Argentina sobre o futuro das ilhas”.

O ministro argentino disse em uma carta (no que o jornal chamou de “uma forte declaração”) sentir muito que Hague “não possa se reunir sem a supervisão dos colonialistas das Malvinas” e que “é uma pena que você rejeite um encontro bilateral. Você precisa parar de continuar tentando organizar reuniões durante minha visita a Londres. Deixe este trabalho para a nossa própria e eficiente embaixada.”

Timerman convidou Hague a se encontrar com ele em Buenos Aires, onde ele disse que o encontro poderia ocorrer sem pressões ou condições. A presidenta argentina Cristina Kirchner tem afirmado firmemente as exigências da Argentina para que as Malvinas fiquem sob soberania do seu país. No começo de janeiro Cristina havia afirmado que a Argentina tinha sido roubada num exercício claro de “colonialismo do século 19”.

O primeiro-ministro britânico David Cameron tem insistido para que os residentes das ilhas decidam sobre seu próprio futuro e para que se realize um referendo sobre o futuro estatuto político das ilhas em março.

Uma porta-voz do Escritório de Relações Exteriores britânico disse, segundo The Independent: “Estamos cientes de que o ministro das Relações Exteriores da Argentina Hector Timerman virá ao Reino Unido na próxima semana, e o convidamos ao Escritório para uma reunião com o Secretário de Relações Exteriores e representantes dos governos do Reino Unido e das Ilhas Falkland”, referindo-se às Ilhas Malvinas pelo nome que os britânicos lhe deram.

Com The Independent