Reino Unido rejeita pedido argentino sobre soberania das Malvinas

O governo do Reino Unido rejeitou uma carta aberta da presidenta argentina, Cristina Kirchner, exigindo que Londres inicie negociações para passar a Buenos Aires o controle sobre as Ilhas Malvinas. A carta foi publicada nesta quinta-feira (3) como anúncio publicitário no jornal britânico The Guardian.

Ilhas Malvinas

Na carta, dirigida ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, e copiada para o secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, Kirchner pede que as autoridades britânicas acatem uma resolução de 1965 da ONU pedindo uma revisão do status das ilhas, que o Reino Unido vê como parte de seu território ultramarino. A presidenta atribui na carta o controle de Londres sobre as ilhas ao colonialismo britânico do século 19.

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"Os argentinos das ilhas foram expulsos pela Marinha Real (britânica), e o Reino Unido subsequentemente iniciou um processo de assentamento populacional similar ao adotado em outros territórios sob domínio colonial" 

O texto diz ainda que o Reino Unido, chamado de “potência colonial”, tem se recusado a devolver esses territórios à Argentina, privando-a de “reconstituir sua integridade territorial”. "[As Ilhas] Malvinas também são uma causa da América Latina e da grande maioria dos povos e governos do mundo que rejeitam o colonialismo".

Em resposta, o governo britânico alegou que não haverá negociações sobre a soberania das ilhas enquanto a população local, que é britânica, desejar permanecer ligada à o Reino Unido. Um plebiscito sobre o status político das Malvinas deve ser realizado no arquipélago no próximo mês de março.

Nas reuniões do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a questão referente ao controle das Ilhas Malvinas é assunto constante. O Brasil e a maioria dos países latino-americanos apoiam a Argentina na reivindicação pelo controle das ilhas. 

Com Agências