Síria: Interferência estrangeira é a causadora da crise, diz Irã 

O porta-voz do governo iraniano Ali Larijani explicou nesta quinta-feira (21) que a crise na região é resultado exclusivo da intervenção estrangeira. Disse ainda que “plantar a semente da discórdia dentro do mundo islâmico está entre as políticas estratégicas das potências mundiais, com o intuito de enfraquecer [os] muçulmanos.”

Rebeldes do Exército de Libertação da Síria (FSA) - Haaretz

De acordo com o partido libanês Hezbollah, em página oficial Moqawama, fontes das forças de segurança do Líbano afirmaram que mísseis antiaéreos israelenses foram disparados de dentro do território sírio, e que dois drones (aeronaves não tripuladas) também israelenses tentaram infiltrar o espaço aéreo da Síria, mas foram derrubados em território libanês.

Outras explosões foram ouvidas nesta quarta-feira, segundo as mesmas fontes, por causa das tentativas israelenses fracassadas de sobrevoar território libanês em que estão militantes do Hezbollah.

O partido libanês estava em alerta máximo nesta terça-feira (19), depois de receber ameaças dos insurgentes sírios de que seria “eliminado das terras do Líbano” a menos que parasse de lutar ao lado das forças do presidente Bashar al-Assad. Os rebeldes deram aos militantes do Hezbollah um prazo de 48 horas para responder à exigência.

“Nós [o Exército de Libertação Sírio, FSA, em inglês] estamos avisando que se o Hezbollah não parar de disparar em terras sírias, vilas e civis, desde o território libanês, nós responderemos às fontes dos disparos com nossas próprias mãos e a eliminaremos,” o FSA postou em sua página de Facebook nesta quarta-feira (20), de acordo com tradução da CNN.

O FSA publicou seu ultimato depois de ao menos um militante do Hezbollah e cinco rebeldes sírios terem morrido em combates perto da fronteira com o Líbano, nesta semana.

Fontes da oposição síria disseram que os confrontos eclodiram no sábado (16), quando militantes do Hezbollah moveram-se à pé por território sírio, protegidos por vários lançadores de foguetes. O FSA chamou dois tanques que tinham sido capturados do exército de Assad,” Hadi al-Abdallah, do grupo Comissão Geral da Revolução Síria disse à agência de notícias Reuters.

Os militantes xiitas do Hezbollah, baseados no vale de Bekaa, no Líbano, moveram-se no ano passado. Quatro das vilas que tinham controlado estão habitadas por correligionários enquanto outras quatro são habitadas tanto por xiitas quanto por sunitas.

O Hezbollah apoia o governo sírio e a solução para o conflito de 23 meses através do diálogo com a oposição.

Assad pertence ao grupo alauíta, do Islã xiita que está no governo da Síria desde os anos 1960. A área fronteiriça perto da cidade de Qusair, que está sob controle dos rebeldes sunitas, é parte de uma rota importante de abastecimento para os insurgentes com acesso reduzido, na cidade central de Homs.

Com Moqawama e Haaretz
Da Redação do Vermelho