Farc pedem ao povo mobilização em defesa do processo de paz

O chefe da delegação negociadora da guerrilha, Iván Márquez, leu um comunicado pedindo para os colombianos “não permitirem que acabem com essa esperança” de chegar a um acordo de paz, que acabe com o conflito armado. 

No texto, a guerrilha manifestou que esperam “que o governo não pense em prejudicar a mesa” de conversas e questionou os últimos pronunciamentos do presidente Santos sobre o processo de paz que estão movidos por “seu interesse de crescer nas pesquisas”.

Lembraram que no último sábado (23), o mandatário disse que se não houver avanços nos diálogos sua representação sairá da mesa. Isso “resulta surpreendente quando apresentamos mais de 40 propostas para dinamizar o processo”.

Luta pelo acesso à terra

Do Palácio de Convenções de Havana, as Farc ratificaram seu compromisso de lutar junto aos camponeses pelo acesso à terra e qualificaram de mal intencionada a forma como pretende desviar a atenção sobre as causas certas do despejo de prédios na Colômbia.

Segundo a insurgência, produto da violência estatal e paramilitar a situação “foi concebida como política de Estado para facilitar a entrega de boa parte do território nacional para transnacionais que exploram as terras graças a contratos ferozes, e que além disso procedem severos danos ambientais”.

Insistiram na criação de uma comissão de alto nível para esclarecer a verdade sobre a suposta desapropriação de terra pela insurgência. Destacaram que deverá estar integrada pelos representantes do governo, camponeses, Farc e a comunidade internacional

“Por nossa parte sugerimos como observadores internacionais a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e o ex-presidente estadunidense James Carter”, agregaram.

Os Diálogos de Paz, iniciados formalmente em 19 de novembro, continuam centrados na questão agrária, origem do conflito e primeiro ponto da agenda de discussões no processo.

Hemos jurado vencer y venceremos

Ouça com exclusividade na rádio vermelho o programa "Partido Cultural" com as músicas revolucionárias produzidas pelas Farc. 

Fonte: TeleSur
Tradução da redação do Vermelho