A guerra oculta e o jornalismo armado e sem razão
A TV Cidade Livre de Brasília, o canal comunitário da capital federal tem exibido em sua grade um impactante documentário intitulado “A guerra que você não vê”, do destacado jornalista australiano John Pilger.
Publicado 04/03/2013 11:15
O documentário conta não apenas os horrores das agressões militares dos EUA e da Inglaterra contra o Iraque, o Afeganistão e também de Israel contra a Palestina, mas, também, os horrores da vergonhosa, indecente e criminosa manipulação informativa praticada pelo “jornalismo embutido”, para justificar estas guerras.
Os jornalistas são conduzidos a participar do teatro de operações de guerra de agressão instalados nos comboios, frotas e instalações dos agressores imperiais contra os povos citados. Assim, convivendo com os exércitos agressões, hospedados e alimentados pelos invasores, o termo “ ocupação militar”, passa a ser apenas ocupação, e o termo “controle militar” passa a ser apenas controle: as palavras mudam de sentido para fazer sentido apenas aos países imperiais que comandam o fluxo internacional da informação, já que os maiores anunciantes são empresas vinculadas à indústria de armas, sejam os bancos, as empresas de transporte ou de computadores.
O documentário exibido pela TV Cidade Livre revela como surgem importantes rebeliões no seio dos próprios países imperialistas, como o nascimento do WikiLeaks (Julian Assange é entrevistado, quando ainda estava em liberdade). Também há no filme o depoimento de soldados dos EUA relatando as atrocidades cometidas por suas próprias tropas contra populações civis, com a divulgação da alarmante estatística de que no Iraque, 90 por cento das vítimas são civis.
John Pilger entrevista também altos funcionários dos governos dos EUA e da Inglaterra, que confirmam que nunca houve qualquer comprovação de que havia armas de destruição em massa nas mãos do Iraque, razão propagandística utilizada (com a vergonhosa e criminosa conivência do jornalismo embutido) para lançar uma guerra contra o Iraque e o Afeganistão. Há o depoimento de um funcionário do governo inglês que se declara envergonhado pelo papel que desempenhou nestes crimes em que o jornalismo e a diplomacia unem-se a serviço da guerra.
Agora que as agressões dirigem-se à Síria, a TV convida a assistir este documentário por ser muito útil para estimular o debate entre as forças progressistas sobre a necessidade de reforçar a solidariedade internacional, bem como a construção de uma frente única antiimperialista mundial. E, também, para reforçar o apoio a iniciativas como a da criação do Conselho de Defesa da América do Sul, integrado pelo Brasil, a uma política externa cada vez mais independente e soberana , para o quê devemos também apoiar iniciativas como a do projeto do submarino nuclear, cuja unidade de fabricação foi inaugurada recentemente pela presidenta Dilma Roussef.
O documentário “A guerra que você não vê”, na TV Cidade Livre de Brasília, é transmitido através do canal 8 da NET. Mais informações na página TV Cidade Livre, o canal Comunitário de Brasília,