Faltam médicos do coração na rede pública
Baixos salários e falta de atrativos na carreira pública resultam em deficit de cardiologistas. Estima-se que o setor precisa de reforço de 250 profissionais.
Publicado 06/03/2013 10:04 | Editado 04/03/2020 16:40
Para se tornar independente de qualquer convênio com instituições privadas ou de outras unidades da Federação, a cardiologia pública do Distrito Federal precisaria de um reforço estimado de 250 médicos. Mas esta tem se mostrado das mais difíceis tarefas para a Secretaria de Saúde do DF. O último processo seletivo aberto para a contratação temporária de cardiologistas tinha 48 vagas e um salário de R$ 10 mil mensais durante um ano. Apareceram apenas 12 candidatos. No fim, o governo contratou oito médicos.
Atualmente, os hospitais públicos contam com 121 cardiologistas concursados. O salário inicial para uma jornada de 20 horas é de R$ 7 mil. São R$ 3 mil a menos do proposto como piso pela Federação Nacional de Médicos para a mesma carga horária. “Não é apenas com a cardiologia. Isso é um problema em todas as especialidades. Faltam políticas para melhorar a remuneração e as condições de trabalho”, critica o presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho.