Governo colombiano manterá diálogos sem cessar fogo

"Sob nenhuma possibilidade o Governo deterá as ações armadas, só o fará quando se firmar o acordo final", afirmou durante um encontro no Clube Militar de Bogotá.

A equipe governamental reuniu-se ontem com o ministro de Defesa, Juan Carlos Pinzón, o comandante das forças militares, Alejandro Navas, e um grupo de generais e almirantes do Exército, Armada, Força Aérea e a Polícia Nacional.

Na reunião expuseram os avanços do processo, que procura pôr fim a mais de meio século de conflito armado, político e social.

A comissão de paz da guerrilha, encabeçada pelo comandante Iván Márquez, tem que fazer questão do cessar bilateral de fogo ou um tratado de regularização da guerra.

Em fevereiro, em uma de suas intervenções ao início de um novo dia de diálogos em Cuba, Márquez afirmou que, ainda que o cessar fogo implica em um esforço grande, constitui a ser um passo importante para demonstrar a vontade de paz de cada uma das partes.

Assim mesmo fez questão do desejo da guerrilha de avançar nas tentativas para chegar a um acordo, apesar das operações militares do governo e suas constantes negativas aos pedidos e sugestões da força insurgente.

Numerosas organizações sociais e políticas no país, entre eles Marcha Patriótica e Colombianas e Colombianos pela paz, têm reiterado a necessidade de um cessar bilateral de hostilidades.

Na próxima segunda-feira ambas as partes iniciarão em Havana o sexto ciclo de conversas que já tem avançado no primeiro ponto, o desenvolvimento agrário integral, com o desenho de programas e instrumentos de recuperação de terras em mãos ilegais e o acesso aos camponeses que carecem dela ou a possuem de maneira insuficiente.

Fonte: Prensa Latina