Guerras no Afeganistão e no Iraque afetaram milhões nos EUA 

As sequelas das guerras estadunidenses contra o Iraque e o Afeganistão vão além dos 6,6 mil mortos em ambas e afetam a milhões de norte-americanos, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (18) pelo Departamento de Assuntos de Veteranos do Pentágono e veiculado pelo diário Stars and Stripes. 

Para muitas pessoas, o impacto da sua participação na chamada guerra contra o terrorismo é muito maior, e na maioria dos casos durará o resto de suas vidas, como reconhece o documento.

Desde que Washington iniciou a guerra contra o Afeganistão, em outubro de 2001, e contra o Iraque, em março de 2003, cerca de 2,5 milhões de membros das forças armadas do país foram enviadas a ambos os países, e um terço deles foi enviado mais de uma vez.

Segundo o artigo, até o ano passado, 37,5 mil estadunidenses haviam sido enviados mais de cinco vezes, enquanto 400 mil estiveram nas duas guerras em três ou mais ocasiões.

As intervenções nos territórios afegão e iraquiano provocaram mais reivindicações por invalidez que outras contendas, como o Vietnã, a Coreia e a Segunda Guerra Mundial, e até setembro passado quase dois milhões de militares que participaram delas passaram ao status de aposentados.

Deste total, cerca de 670 mil classificam-se como descapacitados, como resultado da sua participação em combates, principalmente no Iraque e no Afeganistão, cifra que aumenta constantemente e crescerá ainda mais nas próximas décadas, assegura o artigo.

Entre as consequências mais frequentes nos veteranos está a síndrome de stress pós-traumático, doenças com impacto para o resto da vida e que, segundo dados oficiais, afeta mais de 270 mil combatentes que estiveram em ambos os países.

Mais de 4.480 militares estadunidenses morreram no Iraque entre 2003 e 2012, enquanto no Afeganistão as baixas de norte-americanos chegam a 2.178 soldados de 2001 até a data.

Com Prensa Latina