Vereadores de Salvador sabatinam secretário municipal da Fazenda

Aguardado com expectativa, o secretário municipal da Fazenda foi à Câmara Municipal nesta terça-feira (19/03). O intuito era explicar os projetos apresentados pelo Executivo relativos à Reforma Tributária em Salvador e esclarecer as denúncias de corrupção contra ele.

A primeira meta ele cumpriu, explicando que a arrecadação da cidade pode chegar a R$ 500 milhões anuais, por conta das medidas previstas. Segundo ele, as principais medidas são a revisão nos impostos das transações imobiliárias, instituição da Nota Salvador, criação de notas eletrônicas e do cadastro de empresas de outros municípios, recadastramento do IPTU, perdão de dívida inferior a R$ 400,00. Na oportunidade, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) ressaltou que não é possível atender ao pedido de urgência na votação feito pelo prefeito, pois os temas são complexos, de extrema importância para a população e precisa de tempo para ser analisar pelos vereadores. “Queremos que fique definido nesta reunião um calendário de debates e audiências públicas, para que se esgotem todos os questionamentos acerca das matérias”, conclui Aladilce.

Quando chegou a vez do tema corrupção, previsto na pauta, os vereadores aproveitaram para fazer uma verdadeira sabatina com o secretário. A vereadora destacou a presença do secretário da Fazendo e afirmou que os esclarecimentos são obrigação dele. “Não dá para ter à frente da Secretaria da Fazenda uma pessoa sob suspeita. É preciso que o escolhido tenha a ficha limpa”, diz Aladilce.

Após o 1º secretário da Câmara Municipal, o vereador Arnando Lessa (PT), afirmar que pediu afastamento do posto quando foi envolvido em denúncias e processos no período em que foi secretário, sugerindo a mesma atitude, Mauro Ricardo desconversou e ressaltou que os processos contra ele foram julgados como improcedentes, apresentando atestado de inocência. E foi mais longe: afirmou que o prefeito ACM Neto (DEM) sabia desde o início de todos os processos antes de chamá-lo para assumir a pasta. E agora?

De Salvador,
Maiana Brito