Publicado 21/03/2013 09:30 | Editado 04/03/2020 16:28
O dia 8 de março é sempre um momento de mobilização por conquista e ampliação dos direitos femininos. É também um momento para discutir as discriminações e violências morais e físicas, ainda sofridas por muitas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem e se concretizem. A luta das mulheres está diretamente ligada à luta por uma sociedade mais justa e mais humana, com igualdade de oportunidade para homens e mulheres, especialmente da classe trabalhadora.
A data foi reconhecida oficialmente pelas Nações Unidas em 1977, mas desde o século XIX, as organizações feministas, oriundas de movimentos operários na Europa e nos Estados Unidos, fazem história na luta por melhores condições de trabalho, como a redução da jornada que chegava a 15 horas por dia. No Brasil, o movimento se fortaleceu na década de 20, na luta pelo direito ao voto, conquistado em 1932.
As mulheres conquistaram grandes espaços no mundo do trabalho e nas esferas de poder, mas, ainda, em número muito inferior aos homens. No nosso país, a ocupação feminina em cargos eletivos e executivos teve avanços importantes: são muitas vereadoras, várias deputadas estaduais e prefeitas, algumas governadoras, porém poucas deputadas federais e pouquíssimas senadoras. E, somente em 2010, foi eleita a primeira mulher à Presidência do Brasil.
A história da fiscalização em Fortaleza não é diferente. No concurso de 1979, foram aprovadas as primeiras mulheres para a categoria de fiscal, as duas ficaram realizando trabalho interno; no concurso de 1982 um número bem maior de mulheres foi aprovado e, pela primeira vez, a fiscalização de campo foi exercida pelo segmento feminino, tratou-se de um fato político inusitado à época; já no concurso da EMLURB em 1987, a aprovação das mulheres foi encarada com mais naturalidade. Agora, em 2010, a maioria aprovada foi mulher e estão no campo dando um show de competência e responsabilidade. E mais, estão na luta desde o primeiro momento por melhores condições de trabalho, como segurança e reajuste salarial digno e, sobretudo, por uma cidade melhor, onde os cidadãos e as cidadãs possam ter uma convivência harmoniosa, saudável e segura com o espaço urbano.
Parabéns Mulheres Fiscais de Fortaleza!
*Ana Lúcia Viana é Presidente da Associação dos Fiscais do Município de Fortaleza (AFIM)
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