Hezbolá critica Obama: "é um funcionário da entidade sionista" 

O partido libanês de resistência islâmica do Líbano Hezbolá classificou o presidente dos Estados Unidos Barack Obama de “um simples funcionário da entidade sionista” (como o Hezbolá chama o “Estado de Israel”). O líder do partido, Sayyed Hassan Nasralá condenou Obama nesta quinta-feira (21) pela sugestão de outros países também denominarem o Hezabolá como “organização terrorista”.

Presidente Obama e presidente Shimon Peres - HispanTV

“Obama apresentou-se como um simples funcionário da entidade sionista e não como o mais alto responsável de um Estado independente”, afirmou o Hezbolá em um comunicado lido por Narsalá na televião libanesa Al-Manar.

O partido fez essas declarações em reação ao discurso de Obama em Jerusalém, quando pediu que a sociedade internacional chame o Hezbolá “pelo que ele é: uma organização terrorista”. Os EUA, a Austrália, o Canadá, o Reino Unido, o Bahrein, o Egito e, obviamente Israel, por exemplo, já incluem o Hezbolá ou parte dele nas suas respectivas listas de “organizações terroristas”.

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Em referência aos esforços de Obama como intermediário no processo de paz entre o regime sionista de Israel e a Palestina, o Hezbolá disse que “Obama quer que os árabes aceitem a entidade inimiga [Israel] como um Estado estritamente judeu em religião (…) mas não evocou sequer uma das exigências legítimas dos palestinos, como o retorno dos refugiados ou a interrupção das colônias [assentamentos judeus]” nos territórios ocupados palestinos.

Na declaração também denunciou que Obama, com o chamado para considerar o Hezbolá uma organização terrorista, descarta as negociações como caminho correto e corrobora mais uma vez que a resistência é a única opção para a reivindicação dos palestinos.

Obama começou a sua visita de três dias a Israel e Palestina nesta quarta-feira (20). Quando chegou, manifestou primeiro o total apoio dos EUA ao Estado e ao governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Viajou também à Cisjordânia, onde encontrou-se com o presidente da Autoridade Palestina e da Organização para a Libertação da Palestina (que também já foi considerada uma “organização terrorista” no passado, por suas atividades de resistência contra a ocupação e opressão sionista), Mahmoud Abbas. O encontro ocorreu em meio a protestos amplos contra a presença e a pressão de Obama por uma negociação de “paz” que apenas considera as reivindicações israelenses.

Nesta sexta-feira (22), Obama chegou à vizinha Jordânia para um encontro com o rei jordano, Adullah II, na última parada da sua visita à região. Ambos abordarão a crise interna na Síria e os “diálogos de paz” entre israelenses e palestinos.

Com HispanTV e Al-Manar,
Da redação do Vermelho