Irã reitera que o Ocidente deve reconhecer direitos do país

O reconhecimento do direito do Irã sobre o enriquecimento de urânio é a melhor e mais lógica maneira para resolver os problemas relativos à questão nuclear do país persa, declarou na última sexta-feira o presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã, Alaedin Boruyerdi.

“O Irã tem direito a desenvolver seu programa de energia nuclear segundo o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e não necessita da permissão dos Estados Unidos para isso”, pontuou.

Na última rodada de diálogos que se realizou na cidade de Almaty, no Casaquistão, em 26 e 27 de fevereiro, o Irã e o Grupo 5+1 (integrado por Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia, mais a Alemanha) manifestaram a esperança e o otimismo a respeito das próximas conversações que se realizarão em 5 e 6 de abril na mesma cidade do Casaquistão.

Em referência às repetidas propostas dos EUA para sentar-se na mesa de diálogo com o Irã, Boruyerdi afirmou que as sanções impostas pelos EUA contra a nação persa deixam clara a falta de honestidade de Washington.

Na última quinta-feira (21), o Líder Supremo da Revolução Islâmica, o aiatolá Seyed Ali Jamenei, afirmou que "os norte-americanos se esforçam por dialogar conosco sobre o tema nuclear mediante diferentes formas e mensagens, mas eu não sou otimista a respeito desses diálogos".

Segundo o aiatolá Jamenei, "o diálogo é a tática de Washington para enganar a opinião pública e se é de outra forma, cabe aos EUA provar”.

Os Estados Unidos, o regime de Israel e alguns de seus eternos aliados acusam Teerã de perseguir fins bélicos em seu programa de energia nuclear e, baseando-se nessas alegações, Washington e a União Europeia (UE) impuseram várias rodadas de sanções ilegais e unilaterais contra o Irã.

Mas a República Islâmica do Irã rechaça tais imputações e afirma que, como membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e signatário do TNP, tem direito legítimo de desenvolver suas atividades nucleares com fins pacíficos.

Hispan TV