Salvador, cotidiano marcado por problemas e caos

Não é novidade para ninguém que o aniversário de Salvador – transcorrido na sexta-feira (29), mais um ano, foi marcado por problemas enfrentados diariamente pela população. Sistema de transporte coletivo que não funciona, metrô inacabado, buracos e obras que causam retenção nas vias e até acidentes, saúde e educação caóticas por conta da falta de investimento, lixo espalhado por todas as ruas, deterioração dos monumentos e abandono da orla marítima.

O caos no trânsito, antes concentrado em determinados locais e horários de pico, atualmente complica a vida dos soteropolitanos a qualquer hora e dia. Isso tudo por conta da falta de estrutura. Sem contar com a chuva. Como dizem, choveu em Salvador, a cidade parou.

“O maior presente que a gente pode receber é ter a cidade destravada. Precisamos de uma solução urgente para o trânsito. É obrigação do município”, contesta a vereadora Aladilce Souza. “Diante dessa realidade, a responsabilidade da Casa aumenta, não só em relação às denúncias, mas nas proposições de soluções”, revela o vereador Everaldo Augusto.

Por conta disso, um dos principais projetos do PCdoB na Câmara, de iniciativa do edil, refere-se à mobilidade urbana. De acordo com o vereador, será realizado um debate sobre Plano Diretor de Mobilidade Urbana, para envolver os soteropolitanos na discussão.

Aladilce também tem grande preocupação com os usuários do transporte público coletivo. Seus últimos projetos propõem melhorias, como instalação de ar condicionado e lixeiras nos coletivos, divulgação ampla dos itinerários e horários das linhas. “O serviço disponibilizado pelas concessionárias de transporte coletivo urbano é um total desrespeito ao cidadão. O calor é constante e torna-se insuportável no interior dos coletivos, muitas vezes com superlotação”, afirma Aladilce.

As matérias apresentadas são baseadas nas normas do Código de Defesa do Consumidor, já que os serviços ofertados pelas empresas de transportes públicos coletivos configuram-se uma relação de consumo. Portanto, as empresas que não se adequarem às leis poderão ter suas licenças de funcionamento cassadas ou não renovadas. Outra questão sinalizada pela ouvidora é a lei que regulamenta as calçadas, fruto de um projeto seu, que trata sobre o tamanho e proporções, além da acessibilidade.

De Salvador,
Maiana Brito