Paraguaios protestam contra governo de Federico Franco 

Uma onda de protestos contra o governo de Federico Franco ocorre, nesta quarta-feira (10), no Paraguai. Entre os manifestantes estão professores, trabalhadoras domésticas, camponeses, ex-funcionários da Hidrelétrica Itaipu e até prefeitos.

Antigos funcionários da hidroelétrica de Itaipu, a segunda maior usina do mundo, amarraram-se a cruzes de madeira fazendo alusão à crucificação em reivindicação do pagamento pelo governo de dívidas de salários e bonificações.

Estes fazem parte dos milhares de operários demitidos e afetados por atraso nos pagamentos que pertenciam tanto à hidroelétrica como a empresas contratadas por ela. Há mais de três dias realizam protestos em frente à monumental instalação, mas ainda sem resposta oficial.

Domésticas 

Paralelamente, sindicatos de trabalhadoras domésticas realizam manifestação em uma praça central para pedir ao Executivo o reconhecimento de direitos relacionados a sua estabilidade trabalhista e pagamento adequado dos serviços que prestam.

Em outra região da capital, educadores de centros de estudo da cidade reclamam pela falta de pagamento de bonificações acordadas com autoridades educacionais, o que constitui, segundo declararam a noticiários de televisão, o preâmbulo de um grande protesto dos professores.

Estradas bloqueadas 

Na cidade de Hernandarias, intendentes (prefeitos) da zona norte do Alto Paraná e outros seis distritos do departamento de Canindeyú, membros da Associação de Municipalidades, bloqueiam de forma intermitente estradas do local, ação que já dura duas horas e reivindica a devolução de fundos desviados pelo Executivo para outras cidades.

Representantes de trabalhadores do transporte, docentes e moradores da região também participam da medida de força, enquanto assinalaram que a diminuição dos recursos tem relação com promessas eleitorais dos partidos no governo.

Por último, os camponeses da região de Horqueta que bloqueiam vias de acesso à cidade de Concepção, a mais de 400 quilômetros de Assunção, prometeram continuar ali até receberem os atrasados do subsídio por danos provocados pela seca, os víveres e as sementes para o plantio.

Fonte: Prensa Latina