Israel aumenta restrições no bloqueio à Faixa de Gaza 

 A ONU expressou “preocupação” nesta quarta-feira (10) com relação ao impacto do aumento nas restrições de movimento a civis e bens na Faixa de Gaza, de acordo com uma declaração. O coordenador humanitário da ONU James Rawley disse ser altamente preocupante o impacto das restrições na vida em Gaza.

Faixa de Gaza - Ma'an

“Essas medidas estão resultando em um esgotamento do estoque de bens essenciais, incluindo produtos básicos alimentícios e gás de cozinha, e prejudica a vida e os direitos de muitas famílias vulneráveis em Gaza”, disse Rawley.

“Se essas restrições continuarem, o feito sobre a população de Gaza será sério”, completou. A Faixa é um dos lugares mais densamente habitados do mundo, com 1,7 milhões de pessoas para cerca de 400km².

Desde 26 de fevereiro Israel tem imposto novas restrições ao movimento de pessoas e bens, para entrar e sair, e dentro da Faixa.

Essas restrições têm incluído também a redução do limite de pesca de seis para três milhas náuticas (enquanto o previsto pelos Acordos de Oslo, da década de 1990, é de 20 milhas). Aproximadamente 3500 famílias em Gaza dependem da indústria pesqueira como principal fonte de renda.

A declaração da ONU afirma que espera que Israel contenha-se ao máximo e respeite o direito internacional, cessando ações que podem ser punitivas em natureza ou que impactem a população civil de Gaza adversamente.

O governo israelense mantém um bloqueio ilegal e opressor à Faixa de Gaza desde 2007; o território já sofreu diversos ataques militares depois disso, com centenas de mortos e graves danos à infraestrutura. O mais recente foi em novembro passado, em que cerca de 160 pessoas morreram.

Com Wafa,
da redação do Vermelho