FMI: Economias avançadas terão crescimento "pouco exuberante"

As perspectivas para a economia global melhoraram, embora o caminho para a retomada nas economias avançadas deverá continuar acidentado, avalia o Fundo Monetário Internacional em relatório divulgado nesta terça-feira (16).

A instituição prevê uma expansão do PIB mundial de 3,3% neste ano, um pouco abaixo dos 3,5% esperados em janeiro. “As autoridades nas economias avançadas foram bem sucedidas em desarmar as duas maiores ameaças à recuperação global, uma ruptura da zona do euro e uma contração fiscal abrupta nos EUA que seria causada pelo abismo fiscal (a combinação de alta de impostos e corte de gastos)”, diz o FMI, que manteve a projeção de um PIB global de 4% em 2014.

"Pouco exuberante"

Nas três principais economias avançadas do planeta, o crescimento em 2013 estará longe de ser exuberante, mas Estados Unidos e, em menor medida, o Japão deverão ter um desempenho bem superior ao da zona do euro, que caminha para mais um ano de retração do Produto Interno Bruto (PIB), segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A instituição rebaixou a sua previsão para o crescimento da economia dos EUA em função da entrada em vigor dos cortes automáticos de gastos governamentais. O novo cálculo faz parte de uma versão preliminar da nova versão do "Panorama Econômico Mundial" obtida pela agência Bloomberg.

Para o Japão, a expectativa é de avanço do PIB de 1,6% em 2013 e de 1,7% em 2014, acima das previsões anteriores de 1,2% e 0,7%, pela ordem, dada a combinação de estímulos monetários e fiscais e a moeda mais desvalorizada.

China deve ter crescimento um pouco mais forte do que em 2012

Grande motor do crescimento global nos últimos anos, a China deve avançar a um ritmo de 8% em 2013, um pouco acima dos 7,8% registrados no ano passado, estima o Fundo Monetário Internacional.

Ìndia e Japão – crescimento

A Índia, outro emergente de peso, também vai crescer mais neste ano – 5,7%, acima dos 4% de 2012.

O Japão viu sua projeção de crescimento ser revisada para cima: o país deve crescer 1,6% em 2013 e 1,4% em 2014 (em janeiro, as previsões eram de 1,2% e 0,7%, respectivamente).

Brasil

O FMI cortou a previsão para o crescimento do Brasil em 2013 de 3,5% para 3%, destacando que "restrições de oferta podem limitar o ritmo de expansão no curto prazo". Gargalos de infraestrutura e no mercado de trabalho são os principais obstáculos para o país, disse o economista Thomas Helbling, chefe de divisão do departamento de pesquisa do Fundo.

Com informações do Valor Econômico