Síria no alvo: EUA querem estacionar 20 mil soldados na Jordânia
O Pentágono planeja remanejar um efetivo militar de 200 para 20 mil soldados e acantoná-los na Jordânia, com o objetivo de estarem preparados para uma possível intervenção militar na Síria.
Publicado 18/04/2013 15:11
O primeiro contingente, integrado por 200 soldados e que são provenientes da 1ª Divisão Blindada de Fort Bliss, no Texas, será enviado para a Jordânia para estabelecer um "pequeno quartel general" próximo da fronteira da Jordânia com a Síria e planejar "possíveis operações militares, incluindo uma rápida acumulação de forças estadunidenses se a Casa Branca decidir que uma intervenção militar é necessária", informou nesta quinta-feira (18) o diário The Los Angeles Times, citando fontes governamentais do país.
De acordo com a fonte, esta decisão é o primeiro passo para uma possível participação de Washington no conflito militar na Síria.
O primeiro contingente das forças armadas partirá neste mês rumo à Jordânia, enquanto que "a maioria irá em maio", agrega o texto.
O jornal diz ainda que o Pentágono "também fez planos para expandir as forças para 20 mil ou mais, se necessário, inclusive transportando os equipamentos de operações especiais para encontrar arsenais "de armas químicas na Síria, as unidades de defesa aérea dos EUA para proteger o espaço da Jordânia e unidades militares convencionais capazes de invadir a Síria se necessário".
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, ordenou na quarta-feira o deslocamento dos soldados para a Jordânia, enquanto deixava claro que, tanto ele quanto o presidente Obama, continuam "profundamente preocupados em lançar uma intervenção armada na Síria".
No mesmo dia, o Chefe de Estado Maior Conjunto do Exército dos Estados Unidos, o general Martin Dempsey, advertiu que o envio de tropas estadunidenses para a Siria poderá ter "consequências imprevistas", e pode piorar a situação.
Entretanto, Dempsey apoiou no outono de 2012 uma intervenção militar dos Estados Unidos na Síria, junto com o então diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), David Petraeus, o ex-chefe do Pentágono, Leon Panetta, e a ex-secretária de Estado do país, Hillary Clinton.
Fonte: HispanTV