Borón: "Ações imperialistas mostram que AL é prioridade para EUA"

O cientista político argentino, Atilio Borón, advertiu nesta quinta-feira (25) sobre a ambiguidade no discurso dos Estados Unidos sobre América Latina, durante Seminário Internacional sobre o Socialismo do Bem-viver, promovido pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), no Equador. 

Atilio Borón

Durante a exposição, Borón explicou que os Estados Unidos se empenharam em inserir a tese de que a América Latina não tem importância para eles e manifesta que dedica atenção, em ordem de prioridade, para o Oriente Médio, Europa, Ásia e por último África e América Latina. 

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“Porém, as ações imperialistas mostram que esta região é prioridade número um. No século 19 ditava doutrinas para projetar uma política exterior para nós e muitos anos mais tarde , com a 2ª Guerra Mundial, o fez para a Europa”, explicou.

Exemplificou que a vocação anexionista data de 1783, quando já aspirava que Cuba fosse parte do território norte-americano.

Recursos Naturais 

Ele ressaltou que na fase atual do capitalismo tudo gira em torno dos recursos naturais que se esgotarão e que se não mudar a forma de produção e consumo, na segunda metade do século 21 já não restará petróleo.

“Por isso, os Estados Unidos colocam atenção especial para a Venezuela e em desestabilizar os processos revolucionários que ocorrem naquele país, assim como no México, Colômbia e Brasil”, afirmou.

Ele alertou que a água e a biodiversidade serão as causas das próximas guerras e indicou que já somam 76 as bases militares dos EUA na região.

União

O cientista político concluiu que se impõe a consolidação de processos de unidade nesta parte do mundo como a União das Nações Sul-americanas (Unasul), que já fizeram processos interessantes como o acompanhamento das eleições e a sanção imposta para o Paraguai após o golpe de Estado parlamentar.

“Nengum país por si só tem possibilidade de sobreviver a etsa avalanche”, que hoje atua com diplomacia, passando das invasões e agressões como ocorreu nos anos 1980 e 1990.

O encontro foi organizado pela Secretaria Nacional de Planejamento e Desenvolvimento (Senplades) e convidou especialistas nacionais e estrangeiros em busca de debater temas centrais do novo Plano Nacional para o Bem-viver do Equador.

Com Prensa Latina