Farc agradecem congressistas dos EUA por apoio ao diálogo de paz

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) agradeceram, nesta quinta-feira (25), aos 62 congressistas dos Estados Unidos que, em apoio ao processo de paz daquele país, enviaram uma carta ao secretário de Estado estadunidense, Jonh Kerry.

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As Farc emitiram um comunicado – lido pela guerrilheira Victoria Sandino na entrada do Palácio de Convenções de Havana (sede permanente dos diálogos) – em agradecimento a iniciativa. 

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A mensagem assegura para os congressistas a determinação das Farc na busca por uma solução diplomática para o conflito armado.

Também mencionaram seu pedido de elevar o possível acordo de Havana para o status de Acordo Especial, onde apelam as regras do Direito Internacional Humanitário, para que seja incorporado ao bloco de constitucionalidade e se legitime o estatuto da paz como um direito e dever de todos os colombianos.

A guerrilha reconheceu a preocupação dos congressistas a respeito das vítimas do conflito, com ênfase nos mais de cinco milhões de vítimas do massacre da União Patriótica [partido que surgiu em 1985 após a desmobilização de várias frentes guerrilheiras] e mais de três mil pessoas executadas extrajudicialmente durante o governo de Álvaro Uribe (2002- 2010).

“Casos de sequestro, desaparecimento forçado, uso de explosivos de todo o tipo, entre outros, são assuntos que devem ser abordados e solucionados com bom senso, observando o universo do confronto no marco de suas causas históricas”, consideraram. 

As Farc expressaram a necessidade da participação das comunidades: negra, indígena, mulheres e outras que pedem voz no processo.  Os diálogos entre a guerrilha e o governo colombiano entraram na terceira jornada de um novo ciclo iniciado na terça-feira (23), após um mês de trabalho das delegações separadamente. 

Até o momento, a questão agrária centrou os diálogos. O próximo ponto da agenda será sobre a participação política e está sendo preparado um fórum, que ocorrerá de 28 a 30 de abril, para recolher as propostas dos cidadãos.

Com Prensa Latina 

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