SINTECT/RN participa de audiência sobre a PLR no MPT

 

No u´ltimo dia 23 de abril, foi realizada audiência de Mediação sobre a PLR no Ministério Público do Trabalho, em Brasília, atendendo à um pedido protocolado pela FINDECT. Após 6 horas de intenso debate, a direção da Empresa deixou claro que está irredutível, e não quer aceitar mudanças nos critérios criados, segundo os sindicalistas, para beneficiar uma pequena parcela dos empregados, enquanto prejudica muitos trabalhadores.

Os representantes sindicais deixaram claro ao Ministério Público do Trabalho a sua discordância em vincular o pagamento da PLR ao GCR, que é mais uma forma de manipulação e coação da Empresa em cima dos trabalhadores, que são avaliados de forma subjetiva, e sem o direito legal de questionar tal avaliação. Foi lembrado ao Ministério Público que as avaliações dos funcionários através do GCR enfrenta diversos questionamentos legais. Os representantes sindicais também destacaram que a destinação de 10% do montante da PLR a ser paga a um grupo reduzido, como “Parcela Estratégica”, caracteriza uma prática discriminatória.

Os representantes da FINDECT esclareceram ao Ministério Público que foram pouquíssimas as vezes em que a ECT negociou de fato a PLR, e que quando ocorreram negociações a PLR foi paga sem vinculação ao GCR e outros critérios prejudiciais, como ocorreu em 2011, o que comprova que a Empresa tem como melhorar a sua proposta. Foi lembrado também que de acordo com a posição do DEST (Departamento de Controle das Estatais do Ministério do Planejamento) seria aceita a proposta negociada entre a direção da Empresa e as representações dos trabalhadores, o que deixa claro que é a ECT que não quer negociar.

Mesmo após muito debate, a Empresa se manteve intransigente na sua proposta de PLR. Diante do impasse o Ministério Público do Trabalho fez uma proposta baseada na da empresa: passar a parcela estratégica de 10% para 8%; alterar a meta corporativa de 30% para 50% e formar uma comissão paritária para discutir os excluídos pelo GCR. Veja abaixo a ata completa da reunião:

No entendimento da FINDECT, essa proposta ainda é muito ruim. É quase a mesma apresentada pela Empresa e já rejeitada pelos trabalhadores. Por esse motivo é fundamental a mobilização da categoria para pressionar a direção dos Correios, e a presença de todos na Assembleia marcada para o dia 2 de maio.

Foi marcada uma nova reunião entre o Ministério Público, a Empresa e a FINDECT para o dia 30 de abril sobre a PLR.

Fonte: Blog de Moacir Soares