Direitos Humanos: Irã chama de "instrumento" relatório dos EUA

O Departamento de Estado dos EUA divulgou um documento que aborda questões de direitos humanos no Irã, com o objetivo de exercer mais pressão política sobre o país persa, de acordo com declarações emitidas nesta quinta-feira (2) pelo presidente do Poder Judicial do Irã, o aiatolá Sadeq Amoli Lariyani.

Poder Judicial Irã - HispanTV

Lariyani afirmou que o tema dos direitos humanos é usado como instrumento de ingerência por países ocidentais contra Estados que não aceitam os seus princípios, acusação que vem sendo feita por diversos países principalmente contra os Estados Unidos e alguns países europeus, que tampouco têm práticas exemplares.

Além de destacar que há mais de 30 anos o Irã tem resistido contra as agressões dos EUA, o aiatolá afirmou que dita resistência é respondida pelo Ocidente, sobretudo o país norte-americano, com a inclusão do país

persa na lista dos países que não respeitam os direitos humanos, uma estratégia baseada nas declarações de “grupos hipócritas” e inimigos da Revolução Islâmica do Irã.

O oficial iraniano ressaltou que embora o Irã tenha realizado eleições livres em média a cada ano e meio, após a vitória da Revolução Islâmica o país tem sido acusado de violar os direitos humanos, enquanto seu país vizinho, Bahrein, as pessoas lutam pelo direito ao sufrágio, mas não têm a atenção internacional pela violação dos seus direitos humanos.

As declarações de Lariyani foram respostas ao relatório dos EUA sobre as práticas de direitos humanos no mundo, apresentado no passado 19 de abril no Congresso do país norte-americano, que desatou fortes reações por parte dos países sinalizados como violadores dos direitos humanos. Entre estes estão a China e a Rússia.

A China emitiu um informe, em resposta ao relatório estadunidense, em que acusa Washington de violar os direitos humanos tanto dentro como fora das suas fronteiras, e faz menção a atos como espionagem aos próprios cidadãos, discriminação contra as mulheres e minorias étnicas e a falta de controle sobre o uso massivo de armas de fogo.

Com HispanTV