Diálogos de Paz: Reivindicações das Farc são de interesse popular

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) afirmaram neste domingo (19) que suas reivindicações na mesa de negociações com o governo representam interesses populares e o cumprimento de normas constitucionais.

Iván Márquez, que lidera a delegação da insurgência nas conversações de paz realizadas na capital cubana, Havana, desestimou a postura do presidente Juan Manuel Santos, de qualificar de lista de mercado as posições defendidas pela guerrilha.

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Márquez disse que as políticas neoliberais expandiram a miséria e a desigualdade em seu país. A respeito, recusou cifras oficiais segundo as quais o número de pobres se reduziu de 30 a 20 milhões de pessoas, em uma nação de 46 milhões de habitantes.

Tal estatística baseia-se em medições neoliberais e tecnocráticas que não tomam em conta o índice de desenvolvimento humano "nem a existência de uma crise humanitária gerada pelo terrorismo de Estado", asseverou.

Adiantou que a guerrilha espera as conclusões do Fórum sobre Participação Política que teve lugar na nação sulamericana, para "armar uma nova lista de insumos".

Márquez fez um balanço positivo dos seis meses de conversas com o governo em Havana, ao mesmo tempo em que desmentiu afirmações de que as negociações marcham a ritmo lento.

"Estes temas devem ser tratados com serenidade e com profundidade se queremos realmente assentar bases sólidas para a construção de uma paz estável e duradoura", apontou.

Márquez assegurou que se avançou consideravelmente no tema da terra, o primeiro da agenda.

Fonte: Prensa Latina