Publicado 21/05/2013 14:10 | Editado 04/03/2020 16:49
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Num contexto onde diversas cidades do interior mineiro se deixaram levar pelas tendências comerciais, Prados ainda aposta na tradição. “Podemos observar hoje que, em diversos lugares, os sons tradicionais do Carnaval foram substituídos pelos novos ritmos do axé e funk, que passam a dominar toda a cena. Prados não abre mão do samba, das bandinhas que tocam marchinhas e outros elementos que dão um sentido próprio à noção de modernização desta data nacional”, analisa o diretor do documentário, Léo Rodrigues.
Léo Rodrigues produziu e dirigiu o filme que integra um projeto de conclusão do curso de Comunicação Social da UFMG, aprovado com nota 96 pela banca avaliadora. A obra, que já foi apresentada na cidade de Prados, poderá agora ser apreciada em Belo Horizonte, nas telas do Usiminas Belas Artes Cinema (Rua Gonçalves Dias, 1581). A sessão acontece no dia 25 de maio, às 11h, com entrada franca.
Sinopse:
Nos anos 60, jovens da pequena Prados-MG se mudaram para estudar nas cidades maiores do estado, onde tiveram contato com ideais que pautavam as transformações políticas e sociais da época. Encontrando-se nas férias, eles resolveram fundar a União Consumidora de Álcool (UCA), que logo se converteria num bloco carnavalesco e transformaria as práticas comportamentais de uma cidade até então conservadora e moralista. A iniciativa se consolidou e foi o embrião de um carnaval popular que já dura 50 anos.
Sobre o Diretor:
Léo Rodrigues, 26 anos, formou-se em 2010 no curso de Comunicação Social / Jornalismo da UFMG. Decidiu prosseguir com os estudos e, em 2012, formou-se também na habilitação da Radialismo e Televisão.
Atualmente, vive em Brasília-DF e é jornalista multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Desenvolve um trabalho junto ao Portal EBC (www.ebc.com.br) pautado na convergência midiática, mesclando vídeo, áudio, texto e as diversas ferramentas virtuais disponibilizadas pela internet. Paralelamente e de forma independente, estuda e trabalha com o audiovisual, tendo como foco de seu interesse as manifestações da cultura popular.
Em 2010, em parceria com Tata Lobo, lançou seu primeiro longa-metragem: o documentário Aboiador de Violas. O filme retratava o vínculo do violeiro Pereira da Viola com a cultura da Vila de São Julião. Na época, a obra despertou o interesse da Rede Minas, que a transmitiu para todo o estado de Minas Gerais. O filme também integrou a documentação do processo para que a Vila de São Julião fosse reconhecida pelo governo como comunidade quilombola.
Em 2013, finaliza o segundo longa-metragem: o documentário Pra fazer carnaval mais uma vez, que aborda as transformações sociais e políticas na cidade de Prados-MG a partir da fundação de um bloco de carnaval.