Manifestação reúne 5 mil servidores em Porto Velho

Mais de cinco mil servidores realizaram um grande protesto em Porto Velho, Rondônia, por melhorias salariais e pela unificação das lutas das categorias que acontecem simultaneamente, desde o inicio deste mês.

Participaram sindicalistas de três grandes entidades de classe do estado: Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero); Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socios Educadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia (Singeperon) e Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Rondônia (Sinsepol).

O protesto, que aconteceu na quinta-feira (23), tomou a praça Getúlio Vargas, localizada em frente ao Palácio do Governo do Estado de Rondônia. Durante toda a manhã apenas alguns policiais da Casa Militar realizavam a segurança em frente ao palácio.

Três carros de som, cornetas, apitos e fogos de artifícios, juntavam-se aos gritos de protestos e discursos inflamados dos sindicalistas que afirmam estarem indignados pelo fato do Governo não ter cumprido acordos firmados com os servidores.

De acordo com o presidente do Singeperon, Anderson Pereira, os Agentes Penitenciários do estado de Rondônia estão trabalhando de forma desumana dentro dos presídios do estado.

Ele afirma que acordos firmados em Bogotá, Colômbia, com a Corte Interamericana dos Direitos Humanos, não são cumpridas pelo governo.

“Estamos unificando essas paralisações para mostrar a situação que encontra-se hoje os servidores do estado de Rondônia”, disse Anderson Pereira.

Para o presidente do Sinsepol, Jales Moreira, as condições de trabalho dos agentes de polícia em Rondônia também está em condições desumanas. Delegacias sem as mínimas condições de trabalho, além da falta de efetivo ilustram o cenário de penúria da categoria.

Com a greve, considerada ilegal pela justiça, o Sinsepol aguarda uma liminar. “Caso a nossa greve seja considerada legal iremos paralisar as atividades até conserguimos nossas reivindicações, se precisar durar dois anos, nós ficaremos parados por dois anos”, disse Jales Moreira.

Os professores, que estão paralisados no estão paralisados nas escolas do município de Porto Velho, também exigem melhorias de condições salariais. Atualmente um professor pós-graduado no município ganha em torno de R$ 1,5 mil reais. Um funcionário da educação municipal recebe em média um salário mínimo.

No geral as três categorias reivindicam o cumprimento de acordos feitos para a implantação do PCCS (Plano de Cargos Carreira e Salários). Porém, o Governador Confúcio Moura já anunciou que não existe dinheiro nos cofres do estado para o cumprimento desses acordos.

Logo em seguida os manifestantes partiram para uma caminhada no pelo Centro de Porto Velho.

Com Portal da CTB

(imagem: Rondônia Dinâmica)