Telefonia móvel lidera queixas no Procon

As quatro empresas de celular que operam na capital do país apareceram na relação das 15 que receberam mais queixas, duas delas na primeira e segunda colocações. De acordo com o órgão, apenas entre janeiro e maio deste ano, 6.044 atendimentos foram relacionados ao assunto, o equivalente a 10,86%. Em 2012, a área ocupava o primeiro lugar no ranking. Em segundo lugar, vem a telefonia fixa, com 5.003 críticas.

A maior parte dos denunciantes de abusos queixavam-se de cobrança indevida. Ao todo, foram 11.242 problemas dessa natureza no período. Para Veridiana Ali monti, advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a maioria das reclamações se enquadram no crime de propaganda enganosa. “Muitas vezes, algumas cláusulas contratuais não ficam claras no momento da contratação ou algumas tarifas são descritas em letras menores. Por exemplo, o cliente compra uma promoção, mas não é especificado o prazo, o que é ilegal”, comenta.

Além disso, a especialista ressalta que as companhias não têm estrutura para o tamanho da procura. “Por conta da concorrência, elas atraem consumidores com promoções, mas não conseguem atender à demanda. Há aumento no número de clientes, mas, em contrapartida, não há investimento em estrutura e planejamento na rede e nos canais de atendimento. Por isso, o usuário sofre”, diz a advogada.