Investimentos alavancam produções de cinema candango

A exemplo de “Somos tão Jovens” e “Faroeste Caboclo”, produções brasilienses que têm lotado as salas de cinema do país, o cinema do Distrito Federal cresce em quantidade e qualidade, fruto do aumento dos recursos destinados ao setor, que em 2013 chega a R$ 8,215 milhões.

"Há um crescimento sistemático nas produções, nos recursos, e na demanda por esses recursos, o que mostra que o mercado está cada vez mais aquecido", explicou hoje o subsecretário do Fundo de Apoio a Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura do DF, Leonardo Hernadez.

Duas produções rodadas na capital são os dois principais filmes nacionais em cartaz nos cinemas brasileiros.

“Somos Tão Jovens”, produzido quase integralmente na capital, mostra a história de Renato Russo, músico criado em Brasília, e que se tornou um dos principais expoentes do rock.

A fita já foi assistida por quase R$ 2 milhões de pessoas em todo o país, ao retratar a cidade do início dos anos 1980, com cenas rodas nas quadras residenciais, Praça dos Três Poderes, Lago Paranoá e na Universidade de Brasília (UnB).

Outro grande sucesso nacional do ano, “Faroeste Caboclo”, baseado na música homônima de Renato Russo, estreou no último feriado e levou 540 mil pessoas às salas de exibição no seu primeiro fim de semana em cartaz.

Com esse balanço, “Faroeste Caboclo” torna-se a melhor estreia do cinema nacional do ano e a sexta melhor desde a retomada -quando a indústria cinematográfica do país renasceu com a sanção da Lei do Audiovisual, em 1995.

O filme, que mostra o DF da virada dos anos 1970 para os 1980 e retrata as desigualdades sociais que permeavam a jovem capital àquela época, nasceu na cidade onde recebeu seu primeiro aporte de recursos.

"Faroeste (Caboclo) iniciou sua captação com recursos do FAC, onde recebeu R$ 700 mil, para dar o pontapé inicial na produção", contou o subsecretário do Fundo de Apoio a Cultura, Leonardo Hernandez.

CRESCIMENTO –

Em 2012 os recursos do Distrito Federal apoiaram a produção de sete longas metragens e 11 curtas, a maior quantidade de filmes rodada com financiamento do GDF.

"Esses filmes utilizam profissionais e mão de obra local, o que aquece o mercado de trabalho na cultura", completou Hernadez.

Em 2013 serão investido R$ 7,515 milhões na produção de curtas e longas na capital, o maior volume de recursos para o setor.

"O cinema, por sua complexidade, é a área artística que mais recebe recursos do Fac", explicou o subsecretário do Fundo.

Além disso, o DF destina R$ 700 mil para a premiação do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), mais antiga mostra competitiva de filmes do país.

Os prêmios do FBCB foram aumentados este ano e a premiação para o melhor longa metragem de ficção, R$ 250 mil, manteve-se como a mais alta do país.

O 46ª Festival de Brasília do Cinema Brasileiro acontece entre 17 a 24 de setembro, no novo Cine Brasília, que atualmente passa por reformas.

A inscrições para a mostra competitiva permanecem abertas até o dia 25 de junho.