Estudantes seguem mobilizados no Chile; Bachelet promete reforma

A Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECH) anunciou, nesta sexta-feira (7) que continuará, de maneira indefinida, com a ocupação da reitoria da Universidade do Chile, iniciada há quatro dias. A ação faz parte de uma séria de protestos, iniciados há dois anos, por uma educação pública, gratuita e universal. Pré-candidata à presidência no país, Michele Bachelet prometeu que, se eleita, realizará uma reforma educacional nos 100 primeiros dias de mandato.

Estudantes - AFP

O presidente da FECH, Andrés Fielbaum, reforçou que, após com a decisão da assembleia, “os estudantes entenderam que a medida de pressão se dá em um processo ascendente de mobilizações”, e acrescentou que dentro dos objetivos desta ocupação está assegurar a participação massiva da próxima marcha estudantil de 13 de junho.

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No total, há 19 universidades ocupadas por estudantes. ”É um momento importante, já que, por um lado, é preciso cobrar contas pendentes do presidente Sebastián Piñera, em relação às demandas que não foram atendidas, e, por outro, demonstrar que a forma de avançar do movimento estudantil é mediante o protesto e não nos processos eleitorais”, afirmou Fielbaum.

Reforma educacional

“A ideia é que mude o paradigma de como entendemos a educação, que deixe de ser o que é hoje em dia ‘um bem de consumo’”, afirmou Bachelet.

A ex-presidenta afirmou que enviará, se eleita, “uma reforma completa” da educação nos primeiros 100 dias de governo, estabelecendo a gratuidade no nível universitário em seis anos, com um custo total entre 1,5 a 2 pontos do PIB chileno.

Da Redação do Vermelho,
com agências