STF adia decisão sobre projeto que restringe criação de partidos 

Foi adiada para a próxima quarta-feira (12) decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a liminar que suspende a tramitação, no Congresso, do projeto que restringe a criação de partidos. Nenhum ministro apresentou voto sobre a matéria no julgamento nesta quarta-feira (5). O projeto de lei que impede parlamentares que trocam de partido durante a legislatura de levar partes do tempo de propaganda no rádio e na televisão ou do fundo partidário está suspensa por liminar do Supremo.

A proposta do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) já foi aprovada na Câmara, mas o andamento no Senado foi suspenso por conta de uma liminar em mandado de segurança concedida no dia 24 de abril pelo ministro Gilmar Mendes.

Autor do mandado de segurança contra o projeto, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), afirma que a proposta é inconstitucional, pois trata de forma diferente legendas e parlamentares. “A simples tramitação dele traz prejuízos materiais irreparáveis aos partidos que estão em formação, porque isso desestimula os militantes e as lideranças que pretendem ingressar nesses novos partidos”, avalia.

Já o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) considera o mandado de segurança uma forma de judicialização da política. “É uma interferência indevida do Judiciário na tramitação política no Parlamento.”

O mesmo argumento foi levantado pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Durante sustentação oral, Adams afirmou que o papel de revisar o texto aprovado na Câmara é do Senado. Segundo ele, o Supremo só deve julgar no caso de eventual questionamento de constitucionalidade, após a conclusão da tramitação da proposta.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado