PCdoB convoca plenária para preparar mobilizações

A atividade foi convocada pela comissão política municipal do PCdoB de São Paulo para debater a atuação dos comunistas nas mobilizações convocadas pelos partidos políticos e movimentos sociais para impulsionar as mudanças que o país exige.

Reunião SP

Para auxiliar o debate, o secretário nacional sindical, Nivaldo Santana apresentou o debate feito durante a reunião da comissão política nacional do PCdoB e alertou para o fato das “mobilizações terem começado aqui na cidade de São Paulo e defendeu que, por isso, merece atenção e reflexão dos dirigentes comunistas para entender os elementos que desencadearam as manifestações sociais espontâneas”.

O marco das mobilizações, segundo Nivaldo, foi a repressão da polícia militar de São Paulo no ato que aconteceu em São Paulo. “Depois do ato que teve como ponto de concentração o Theatro Municipal e que a polícia teve uma ação de criminalizar os manifestantes e os profissionais de comunicação fez com que as mobilizações ficassem mais amplas”.

“Na avaliação dos comunistas a motivação original das mobilizações é positiva, pois são jovens, estudantes lutando por reivindicações da população. A mobilização fundamentalmente foi construída através de motivações positivas, mais transporte, saúde, educação, mais serviços públicos de qualidade”, ressaltou Nivaldo

O papel da mídia

O papel da mídia foi ponto convergente no debate. Os veículos de comunicação tiveram dois carros queimados, jornalistas agredidos e não puderam usar suas logomarcas na cobertura dos atos, devido a tensão às instituições por parte dos manifestantes. Contudo, a principal e mais organizada intervenção também foi da chamada grande imprensa.

“Mesmo com o desgaste da mídia, apresentada nas passeatas, a mídia dirigiu as manifestações e jogou um papel de catalisador do movimento, mesmo de forma não totalizante”, defendeu Nivaldo.

Para o presidente do comitê municipal, Jamil Murad, a grande imprensa criou uma situação sensível ao tema, inclusive com reportagens especiais e foco no tema. “A Globo deu uma força e se comportou como um verdadeiro partido político”, reforçou.

O balanço preliminar que o PCdoB faz é que esse movimento cria instabilidade no país e que o governo Dilma fica abalado com esse clima. “Diante disso, os movimentos sociais e os partidos políticos precisam ser protagonistas e ter uma posição clara e, nesse cenário fortalecer a liderança da presidenta Dilma é uma baliza importante”, finalizou Nivaldo.

Segundo Jamil, “foi muito bem vindo esse movimento e a presidenta Dilma ouviu as vozes das ruas e já encaminhou questões como o fundo dos royalties do petróleo para educação e saúde. Traz esperança de fortalecimento do rumo das mudanças”.

Orlando Silva, vereador e presidente estadual da legenda apresentou que é preciso preparar os militantes do movimento social e também fortalecer a liderança do prefeito Fernando Haddad.

“Se no plano nacional nós temos que fortalecer a liderança da presidenta Dilma, aqui no município nós precisamos fortalecer a figura do prefeito Fernando Haddad, que não pode se fragilizar, pois é o nosso principal cabo eleitoral na disputa eleitoral de 2014”, direcionou Orlando.

Além de fortalecer o prefeito, o vereador julga que o primeiro encaminhamento prático é a “organização dos movimentos sociais que temos influência para pautar as bandeiras que representam anseios da sociedade”.

A reunião encaminhou a realização de uma plenária para discutir com a militância as pautas das próximas atividades, inclusive a Greve Geral Nacional que será realizada pelo conjunto dos partidos progressistas e movimentos sociais no próximo dia 11 de julho.

Outras informações:

Plenária Municipal do PCdoB de São Paulo
Local: Sindicato dos Marceneiros
Endereço: Rua das Carmelitas, nº 149 – próximo estação Sé
Data: 30 de junho
Horário: Das 9h às 12h

De São Paulo,
Ana Flávia Marx