Senador exilado na embaixada brasileira é condenado à prisão

A justiça boliviana condenou a um ano de prisão o senador Roger Pinto, exilado há mais de um ano na embaixada do Brasil em La Paz, por "abandono do dever" e "dano econômico ao Estado", como informou a Promotoria nesta quarta-feira (26). O promotor Ramiro Guerrero informou que solicitará a extradição do senador já que, uma vez condenado, “não há fundamento para um asilo e deverá ser encaminhada a extradição do senador”.

O senador boliviano, Roger Pinto, foi condenado a um ano de prisão

Um tribunal de Pando, no norte do país, onde o caso foi julgado, "encontrou provas suficientes para condenar o senador Pinto, por ter cometido três crimes de que é acusado, determinando uma pena de um ano" de prisão, anunciou o promotor Juan Carlos Cuellar.

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Guerrero afirmou que, diante dos crimes cometidos pelo senador, a sentença é benigna e acrescentou que o senador ainda deve responder por
Pinto foi indiciado "por ter agido contra a Constituição e as leis, por prevaricação, e por causar prejuízos econômicos ao Estado de mais de 11 milhões de pesos bolivianos (1,6 milhão de dólares)", de acordo com o relatório da Promotoria.

O senador tinha 21 causas contra ele, seis delas por desacato, uma por sedição e as restantes vinculadas à sua gestão pública. Hoje estão correndo 15, já que as acusações de desacato foram retiradas após o Tribunal Constitucional ter declarado inconstitucional esta figura.

O político boliviano de direita está refugiado na embaixada brasileira à espera de um visto de saída, algo que o governo nega.

Durante seu mandato como diretor da Zona Franca-Cobija (Zofra-Cobija) em 2000, Pinto concedeu recursos de maneira irregular à Universidade Amazônica de Pando, indica o relatório.

O Brasil concedeu asilo político a Pinto em maio de 2012, mas o governo boliviano negou salvo-conduto ao boliviano, argumentando que o seu caso não é político, mas legal, já que ele é acusado de corrupção.

Da Redação do Vermelho,
com informações da AFP