A Revolução de 32 no Museu da Ferrovia, em Jundiaí

A Secretaria de Educação, por meio do Museu da Companhia Paulista, abre, na quarta-feira (10), a Exposição de Documentos e Fotografias “As Ferrovias e o Movimento Revolucionário de 1932″. A exposição ficará aberta até o dia 31 de julho e poderá ser visitada de terça a sexta-feira, das 9h às 17h. Aos sábados, das 9h às 13h, na avenida União dos Ferroviários, 1760.

32 - Divulgação/PMJ

“Nem toda escola tem material sobre a Revolução Constitucionalista de 32. E as que têm, a quantidade é pouca. Por isso, como o volume de nosso material é grande e, para oferecer a oportunidade a todos de conhecer este que é o maior movimento revolucionário da história de nosso País, estamos abrindo a exposição”, explicou Maria Angélica Ribeiro, diretora técnico-administrativo do Complexo Fepasa. “Aqui os visitantes vão reconhecer o papel que a Companhia Paulista exerceu nesse movimento.”

A diretora antecipa que são fotos e documentos mostrando destaques interessantes. “Cerca de 110 mil mulheres, à época do movimento, deixaram os afazeres domésticos e se dedicaram exclusivamente à costura de fardas para os soldados. Em cada uma delas, elas colocavam uma mensagem no bolso, como surpresa para quem fosse usá-la. Vá com Deus; Deus te proteja; Deus te acompanhe; são exemplos”, continua Maria Angélica.

Os visitantes também vão constatar que não se trata simplesmente de uma visita, mas também de uma aula de História. “O então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, decretou a deposição de todos os governadores dos Estados, com sucessão sem eleições. O Estado de São Paulo estava praticamente às vésperas da eleição e, por isso, deu início ao movimento revolucionário, em 9 de julho, tendo como integrantes os estudantes de Direito, dos quais, Martin, Miragaia, Dráuzio e Camargo (MMDC) foram mortos. O movimento se espalhou por todo o País e, dois anos depois, conseguiu a realização da Assembleia Constituinte de 1934”, explica a diretora.

Outro destaque sobre as fotos dá conta de três tipos de trens. O Trem Fantasma, aquele que só partia à noite e carregava as armas para os revolucionários; o Trem Blindado, utilizado para estancar o número de mortes durante as viagens em outros períodos; e o Trem Camuflado, que se disfarçava em meio à paisagem”.

De Campinas, com texto de Jesus dos Santo, do portal da Prefeitura Municipal de Jundiaí