Colômbia: Diálogo entre governo e camponeses continua sem acordo 

Duas comissões designadas pelo presidente Juan Manuel Santos trabalham desde a última terça (9) de maneira paralela, uma em Cúcuta, com os ministros do Interior e Agricultura, a outra no município de Tibú, onde a equipe governamental dialoga com os líderes do campesinato.

Há mais de um mês dos protestos, os agricultores seguem em pé de resistência à espera de chegar a um acordo final sobre as demandas, entre elas a definição de uma Zona de Reserva para evitar o avanço do latifúndio, que nessa região se consolidou com o militarismo.

Em declarações à rádio local Contagio , um dos líderes do sindicato, César Jerez, destacou que na veéspera dedicaram a explicar à comissão governamental seus pedidos. "Estamos sem avançar muito, outra vez na fase de ilustração sobre o primeiro dos quatro pontos da agenda estabelecida, a declaração da Zona de Reserva", disse.

Jerez destacou a esse meio de imprensa que persiste a intenção de não declarar a Zona "com a desculpa de que é necessária uma consulta prévia à comunidade indígena Barí".

O governo por um lado segue com a dilatação sem chegar a propostas, pelo outro continua essa forte campanha de estigmatização, destacou o dirigente agrário, em referência às declarações do ministério de Defesa, que destacou os agricultores de ter vínculos com a guerrilha.

O ministro do Interior, Fernando Carrillo, apontou na terça (9). que a delegação que seciona em Cúcuta avalia com o governador, os prefeitos e congressistas "respostas definitivas, concretas e imediatas".

Fonte: Prensa Latina