Trabalhadores em greve desde 11 de julho na Camil Alimentos
Desde o dia 11 de julho, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Niterói, dirige uma grande greve na empresa Conserva Coqueiro (Camil Alimentos), uma das maiores fabrica de pescado do Mundo, com cerca de 40% do mercado brasileiro.
Publicado 16/07/2013 10:33 | Editado 04/03/2020 17:03

Somente em São Gonçalo (a maior unidade), a empresa conta com mais de 1000 trabalhadores. A greve foi iniciada nesta unidade junto com o dia nacional de mobilização das centrais sindicais. Além das bandeiras gerais, contou com outras especificas, como: reajuste salarial de 12%, piso da categoria R$ 832,00, vale alimentação no valor de R$200,00.
O Secretário Geral do Sindicato e Diretor da Regional Leste-Fluminense da CTB-RJ, Juliano de Freitas Costa, falou sobre o processo e sobre as tentativas de negociação com a empresa: "As tentativas de negociação foram iniciadas desde 3 de junho. O sindicato e a comissão de negociação se reuniram com a empresa e com o sindicato patronal por diversas vezes, e a Camil se mostrou irredutível em todas oportunidades" . Juliano ainda salientou que a empresa afirmou que concederia apenas a reposição da inflação do período, com base no INPC do IBGE, além de um reajuste de 20% no vale alimentação, que passaria de R$50,00 para R$ 60,00. O Sindicato e a comissão rejeitarama proposta e anunciaram o estado de greve.
No dia 09 de julho, a assembleia sindical homologou a greve de advertência de 2 dias iniciada no dia 11/07, podendo ser prolongada por prazo indeterminado.
Quando iniciou a greve, houve 100% de adesão e a fábrica ficou totalmente paralisada. No dia 12 foi realizada uma nova assembleia na porta da fábrica com a presença de aproximadamente 300 trabalhadores e foi aprovada por unanimidade a prorrogação da greve por prazo indeterminado.
No dia 13, ainda com 100% da fabrica paralisada, a empresa chamou o sindicato para negociar. Na negociação o sindicato recuou o máximo que pode e chegou a um patamar de 9,5% de reajuste salarial, e vale alimentação de R$120,00 e a empresa chegou a um teto máximo de 8,5% de reajuste salarial e vale alimentação de R$ 65,00. Como não chegou-se a um acordo, o sindicato informou que a greve continuaria.
Nesta segunda-feira (15), ainda com 100% da empresa paralisada, o sindicato realizou uma nova assembleia na porta da Coqueiro, onde os trabalhadores referendaram a decisão da diretoria do sindicato de continuar a greve até que a empresa apresente uma proposta mais justa para categoria.