FMI obedece aos EUA e retira apoio à Argentina

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, optou por seguir os passos dos Estados Unidos e se retratou de apoiar a Argentina, como prometeu, no litígio contra os chamados fundos-abutres.

FMI

O sucinto comunicado do FMI admite que a decisão se deve a que no último momento Estados Unidos se manifestou contrário a apresentar neste momento um "amicus curiae", isto é, a apresentação por uma terceira parte alheia a um caso legal a favor do demandante.

Conquanto expressou "profunda preocupação" pelo envolvimento que possa ter o caso em nível mundial e a sentença do juiz nova-iorquino Thomas Griesa sobre os bônus por pagar (em default) terá consequências graves para os países que reestruturam a dívida, Lagarde optou por não apresentar o amicus a favor da Argentina ante o tribunal supremo estadunidense.

O magistrado Griesa opinou a favor desses grupos que exigem a Buenos Aires um pagamento maior do acordado pelo governo argentino para saldar suas dívidas externas, decisão que este apelou.

Um fundo abutre é um grupo de capital de risco ou de investimento livre que investe em uma dívida pública de uma entidade que se considera débil ou próxima à quebra. Seu modus operandi consiste simplesmente em comprar no mercado dívidas de Estados e empresas à beira da quebra, normalmente a 20 ou 30 por cento de seu valor nominal (seu custo facial), e depois pleitear ou apertar pelo pagamento de cem por cento deste custo.

Os fundos abutre costumam apostar em Estados ou empresas com altas possibilidades dereabilitação, isto é, com chance de regularizar suas finanças. Seu é uma metáfora que compara a estes investidores com os abutres ao sobrevoarem pacientemente, esperando para lançarem-se sobre os restos de uma companhia que se debilite de forma rápida.

Com informações da Prensa Latina