Direita estaria planejando assasinato de Maduro, diz Ministro

Na última quarta-feira (31), o ministro para Relações Interiores, Justiça e Paz da Venezuela, Miguel Rodriguez Torres, ofereceu detalhes dos supostos planos de assassinato que a direita internacional estaria planejando contra o presidente Nicolás Maduro e contra outros dirigentes revolucionários de nações irmãs como Equador e Bolívia.

Miguel Rodriguez Torres - Arquivo AVN

Em entrevista a um programa de televisão exibido pela Telesur, Torres destacou que as ações começaram a ser planejadas em abril deste ano, antes das eleições presidenciais, e agregou que as reuniões para desenhas este plano foram efetuadas fora da Venezuela, em países como Colômbia, Panamá e Estados Unidos.

“A primeira informação que chegou até nós, data de 4 de abril de2013. Combinaram uma reunião para criar um plano de ações violentas na Venezuela antes das eleições. Os personagens mencionados são Álvaro Uribe, Roberto Micheletti(quem ocupou a presidência de Honduras logo depois do golpe de Estado a Manuel Zelaya), um delegado de Luis Posada Carriles, um oficial que presumimos estar ativo na Colômbia e um suposto oficial da CIA”, pontuou o Ministro.

Ele acrescentou que nessa reunião haveria sido acordado o contato com a extrema direita venezuelana para o início de ações desestabilizadoras. “Vimos alguns episódios prévios às eleições, como mobilizações e protestos, que não tinham objetivo”.

Torres afirmou que os setores da extrema direita são aqueles que participaram da greve petroleira de 2003, nas ações da Praça Altamira e na morte de Danilo Anderson, assim como aqueles que trouxeram os paramilitares no ano de 2004 para matar Hugo Chávez. “Sempre foram descarados, irresponsáveis, que nunca tiveram o valor de assumir seus erros”, enfatizou.
A seguinte reunião a qual fez referência o Ministro haveria sido registrada no dia 29 de abril, quando supostamente se planejaram ações subversivas da Colômbia.

Torres registrou também a informação de uma suposta ordem de pessoas ligadas a Álvaro Uribe. “Nesta oportunidade se falava de um plano estratégico patriota e temos um documento que certifica isso por parte de um grupo armado colombiano”, acrescentou.

“Eles pensavam que com o ataque de histeria da direita quando ganhou o presidente Maduro, iam derrocar ao novo governo e se deram conta que não foi assim. Tiveram que começar a mudar a estratégia para um plano de assassinato contra o chefe de Estado venezuelano”, revelou ele que afirmou ainda que para concretizar o último plano contra a vida do presidente Maduro, esses grupos contam com 2,5 milhões de dólares, aproximadamente.

O plano tinha data para acontecer

Torres informou que os planos de assassinato preparados contra Maduro deviam ter sido executados no último dia 24 de julho.

“Eles sabem que o dia 24 de julho é histórico. O presidente vai a uma oferenda floral neste dia, no Panteão, de lá vai para a Assembleia Nacional e sai em desfile. Ou seja, o presidente se expões durante todo o dia. É uma tradição. Sabem exatamente cada passo dele. Não é preciso fazer muitas análises de inteligência para determinar isso”, contou o Ministro.

Segundo ele, esses planos se estenderiam também para líderes revolucionários , entre eles Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional (AN) e militantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

“Homens armados na Venezuela pensavam em ir contra vários objetivos políticos. Eles pensam que matar o presidente fraturaria totalmente o chavismo e, por isso, acham que esse deve ser o objetivo principal”, criticou.

De acordo com as declarações de Torres, há um setor muito radical da direita, que o Governo vem monitorando e que até este momento não pode acusa-lo de envolvimento com o plano. Ainda assim, Torres afirma que este setor mantem relações estreitas com Álvaro Uribe, que é conhecido por suas conexões com o narcotráfico e com os paramilitares.

As investigações ainda estão em andamento, disse o Ministro, que prometeu enviar todas as provas e evidencias do plano de assassinato para o Ministério Público.

Equador e Bolívia

Miguel Rodriguez Torres alertou que setores da ultradireita também haveriam idealizado planos contra os governos do Equador e da Bolívia.

“Na medida em que um não pode chegar as atores do plano, a melhor alternativa é denunciá-los, ainda que se exponha a qualquer falácia”, manifestou-se.

Planos anteriores

Torres recordou que os planos conspirativos dos últimos anos se encontram involucrados e acusou o ex-prefeito Alfredo Peña, Orlando Urdaneta, Robert Alonso e outros que, segundo ele, contrataram em 2004 um grupo de mais de 100 paramilitares colombianos, detidos em Miranda, com o propósito de desestabilizar o país, tomar o palácio presidencial e assassinar o ex-presidente Hugo Chávez.

Em sua declaração Torres mencionou ainda a Francisco Chávez Abarca, detido em território venezuelano, em 2010, que figura os expedientes policiais como cúmplice e “discípulo” do terrorista Luis Posada Carriles.

Com informações da AVN
Da redação do Vermelho