Movimentos se unem para lutar por habitação em São Paulo

A Câmara recebeu nesta sexta-feira (23/8) o evento de lançamento do Movimento Unidos pela Habitação (Muhab), que reúne mais de 60 entidades ligadas à luta pela moradia no estado de São Paulo.

Muhab

Segundo o engenheiro Marco Antônio de Araújo, responsável pelo departamento técnico e administrativo do Muhab, o diferencial do movimento é seu foco em fortalecer a capacidade dos associados de atuar junto ao poder público em programas como o Minha Casa, Minha Vida – Entidades.

O programa foi criado em 2009 pelo Governo Federal com objetivo de tornar a moradia acessível às famílias organizadas por meio de cooperativas habitacionais, associações e demais entidades privadas sem fins lucrativos, que recebem financiamento da Caixa Econômica Federal para construir casas populares.

“A partir do momento em que você recebe sua habilitação, existe todo um procedimento no Ministério das Cidades. A gente ajuda nessa juntada de documentos, porque é um pouco burocrático – e tem que ser”, explica Araújo.

Segundo o engenheiro, a ideia é que com o tempo as entidades ganhem autonomia para tocar os projetos sem ajuda externa. “Esse trabalho consegue fazer com que o Muhab dê a todos aquela igualdade que vinha faltando, na parte de habilitação e confecção de projetos. É evidente que existem entidades que andam sozinhas, mas as que não conseguem nós ajudamos.”

Presente ao evento, o vereador José Police Neto (PSD) avalia que o surgimento de movimentos como o Muhab é um reflexo do amadurecimento da democracia brasileira.

“Toda vez que diversos movimentos se reúnem, encontrando suas reais convergências, é uma demonstração muito rica de como a democracia amadurece. E amadurece mais nos movimentos populares do que na própria política partidária. É uma lição para os políticos”, declarou o parlamentar.

Na mesma linha, Orlando Silva (PCdoB), disse que é preciso pressão popular e organização para que o déficit habitacional da cidade seja sanado.

“Sou fã do programa habitacional do governo Haddad, mas 55 mil unidades não resolvem o problema. Precisamos construir mais casas. E para construir mais casas nós temos que organizar o povo e fazer pressão. Com mais pressão, o governo vai pra cá ou vai pra lá”, afirmou o comunista.

Fonte: Site da Câmara Municipal de São Paulo