Para Irã, Israel é grave ameaça por possuir armas nucleares 

O líder supremo da República Islâmica do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, criticou nesta segunda-feira (26) o regime de Israel por seu arsenal nuclear e advertiu sobre o perigo que representa para a paz e a segurança globais. Khamenei também defendeu que o Oriente Médio seja uma região livre desse tipo de armas.
 

“O corrupto regime sionista é muito perigoso e uma grande ameaça para a região devido a seu amplo arsenal de armas de destruição em massa”, disse o líder durante um encontro com o sultão Qabus bin Said de Omã.

Ele criticou igualmente os Estados Unidos por seu apoio a Israel e ressaltou que “a região necessita de segurança, o que se conseguiria declarando a proibição das armas nucleares”, segundo informou a agência iraniana de notícias FARS.

O dirigente de Omã, por sua vez, manifestou seu apoio às palavras de Khamenei e indicou que “pôr fim à atual situação requer prestar atenção aos interesses dos povos e a cooperação entre os governos da região”.

Os Estados Unidos e a União Europeia têm aplicado duras sanções contra o Irã, inclusive o embargo de seu petróleo, em um esforço para obrigar Teerã a abandonar seu programa nuclear, que, segundo alegam, está destinado a fabricar armas atômicas.
Contudo, o Irã tem rechaçado estas acusações e afirmou em reiteradas ocasiões que o programa nuclear tem unicamente fins civis pacíficos e que se enquadra nos marcos do Tratado de Não Proliferação (TNP).

O TNP, do qual o Irã faz parte, estabelece entre outras coisas que, para evitar a proliferação, os países que já contam com energia nuclear devem facilitá-la aos países que não a possuem, caso estes decidam utilizar esta energia para fins pacíficos.

Israel, que não é membro do TNP, mantém uma política de total falta de transparência na questão nuclear e nunca reconheceu nem desmentiu possuir armamento nuclear, embora o ex técnico nuclear Mordekai Vanunu tenha revelado detalhes do programa nuclear israelense à imprensa britânica em 1986.

As estimativas atuais apontam que o regime de Tel Aviv possui entre 75 e 400 ogivas nucleares e que tem capacidade de lançá-las por meio de aviões, submarinos ou mísseis balísticos intercontinentais.

Cubadebate