Irã denuncia política dúbia do Ocidente sobre armas nucleares 

Na sexta-feira (20), a Assembleia Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) rechaçou o texto por 51 votos contra, 43 a favor e 32 abstenções. 

A resolução, proposta por países árabes, que contava também com o apoio de vários outros países, entre eles o Irã, expressava “preocupações” pela ameaça nuclear que constitui o regime de Tel Aviv e exigia que este último firmasse o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

A porta-voz da pasta de Assuntos Exteriores do Irã, Marzie Afjam, advertiu neste sábado que isentar o regime de Tel Aviv do cumprimento da normativa internacional relacionada com a proibição das armas de destruição em massa cria obstáculos a que cesse tal ameaça global.

A diplomata persa destacou a postura firme e transparente do Irã a respeito da não proliferação nuclear e da criação de um Oriente Médio livre de armas de destruição em massa e deplorou que o regime de Israel não tenha aderido a nenhum dos acordos de proibição de armas de destruição em massa, nem aceite que os inspetores internacionais supervisionem seu programa nuclear secreto.

Por isso, a porta-voz da Chancelaria iraniana fez um apelo à comunidade Internacional para manter uma postura firme diante desta ameaça global que é o regime de Tel Aviv.

O regime israelense, o único possuidor de armas nucleares no Oriente Médio, evita assinar o TNP e, apesar de ser membro da AIEA, nunca permitiu que suas instalações nucleares fossem submetidas às inspeções da Agência.

Conforme várias estimativas, o regime de Tel Aviv possui mais de 200 ogivas atômicas, sob uma política de ambiguidade nuclear, pois nunca negou nem confirmou a posse de armas de destruição em massa.

Não obstante, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) revelou recentemente que o regime israelense possui há anos seu próprio arsenal clandestino de armas químicas e biológicas.

Hispan TV